8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

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segunda-feira, 16 de março de 2015

O comediante britânico John Oliver, do programa Last Week Tonight, satiriza os panelaços contra Dilma Roussef


E a zoeira contra os descalabros de Dilma e sua máfia já são piada também no exterior. Foi destaque no programa Last Week Tonight, do John Oliver, que passa na HBO dos EUA e Canadá. Destaco o seguinte trecho:
A presidente Roussef presidiu o conselho da Petrobrás por 7 anos quando a maior parte da corrupção aconteceu. Foi absolvida de qualquer envolvimento no esquema. 
Como ela pode ser absolvida? Ela fez parte do conselho da Petrobrás enquanto as propinas rolavam...."
E aí o apresentador começa a bater panela também em protesto. Vejam o vídeo abaixo. Tragicômico pra nós.

Por isso, repito, só há uma forma de ter esperança de tirar o Brasil do buraco: tirando o PT do poder. Enquanto lá estiver, usará nosso dinheiro para comprar todo o mundo e livrar a cara dos bandidos-mór do petismo como Dilma.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Sobre o terrorismo islâmico: Se tentasse virar Sonia num país islâmico o cartunista indulgente com assassinos não chegaria ao fim da primeira maquiagem


Se tentasse virar Sonia num país islâmico o cartunista indulgente com assassinos não chegaria ao fim da primeira maquiagem

por Augusto Nunes

O universitário Laerte Coutinho, com quem convivi por dois anos na Escola de Comunicações e Artes da USP, já refletia no traço e no conteúdo a influência do cartunista Georges Wolinski, uma das vítimas do ataque terrorista à redação do Charlie Hebdo. Discípulo aplicado de um mestre do humor anárquico, era impiedosamente irônico com qualquer tema ou personagem colocados na mira do seu lápis. A escolha do alvo passava ao largo de opções políticas, ideológicas ou religiosas. Tudo e todos podiam virar piada.

Nos anos seguintes, os charges, quadrinhos e cartuns que o transformariam em celebridade ficaram mais refinados e inventivos. Mas o profissional famoso foi essencialmente uma continuação do amador que admirava Wolinski até que, 2004, o cartunista que debochava da tribo dos engajados se apaixonou pela causa dos transgêneros. Passou a usar trajes femininos, concedeu-se o direito de acesso ao banheiro das mulheres e acabou virando “Sônia”. Assim começou a agonia do Laerte que conheci. A morte foi consumada pela reação de Sônia ao espetáculo do horror protagonizado em Paris por fundamentalistas islâmicos.

A perplexidade provocada pela execução do octogenário Wolinski talvez tivesse ressuscitado o cartunista que disparava charges em todas as direções se o discurso de adeus não fosse interrompido por Sônia antes que a temperatura chegasse ao ponto de combustão. “O ruim é que tudo isso vai fortalecer a direita”, advertiu a voz suave. No mundo binário em que vive a estranha entidade, só existem esquerda e direita. Se os franceses alarmados com o crescimento da comunidade islâmica são de direita, deve-se deduzir que é de esquerda, como Sônia, gente que metralha quem ousa ironizar figuras sagradas e morre acreditando que vai acordar num céu atulhado de virgens.

Nesta terça-feira, enquanto milhões de manifestantes se juntavam na portentosa ofensiva contra o primitivismo liberticida, a charge na segunda página da Folha confirmou que a mudança operada no autor foi muito além da troca de calças por saias. Assinada por um Laerte que já não há, a obra parida por Sonia se divide em dois quadrinhos. No primeiro, alguns vultos planejam numa sala da redação a edição seguinte, que se concentraria no monumento à boçalidade homicida. A dúvida sobre o que deveria ser destacado na capa é desfeita no segundo quadrinho, que reproduz a capa em que VEJA revelou que Lula e Dilma sabiam do que ocorria nas catacumbas da Petrobras.

O Laerte que não depilava o corpo enquadraria os carrascos. A ativista Sonia insinua que os colegas do Charlie Hebdo estariam vivos se fossem mais ajuizados. É sempre um perigo mexer com fanáticos que não sorriem. O desfecho sangrento seria evitado caso tivessem optado pela autocensura e proibido a entrada do profeta Maomé nas páginas do semanário. Em troca da sobrevivência, só perderiam a honra. O Laerte de antigamente estaria traduzindo charges ferozes a indignação com a tentativa de assassinato da liberdade de expressão ocorrida em Paris. Sônia ficou por aqui, concebendo o trucidamento simultâneo do jornalismo independente e da verdade.

A mão que rabiscou a vigarice obedece a uma cabeça em tumulto. Compassiva com matadores de humoristas, odeia a altivez da revista que, por cumprir sem medo a missão de informar o que efetivamente ocorreu, apressou o desmantelamento da quadrilha do Petrolão. Até terça-feira, o maior e mais abrangente esquema corrupto da história do Brasil havia merecido uma única e escassa charge da companheira Sônia. A primeira misturou a carnificina em Paris com a roubalheira na Petrobras para excluir Lula e Dilma do caso de polícia — e endereçar a quem noticia um crime a ironia que o extinto Laerte reservava aos criminosos.

Tudo somado, está claro que o cartunista já não sabe o que diz ou desenha. Laerte-Sônia ignora, por exemplo, como são as coisas no mundo islâmico. Nem desconfia que, se tentasse virar mulher por lá, não chegaria ao fim da primeira maquiagem.

Fonte: Veja, 15/01/2015

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Charges em homenagem aos cartunistas franceses mortos no ataque terrorista islâmico contra a Charlie Hebdo!

A Europa tem recebido imigrantes mulçumanos sem muitos critérios eletivos há décadas. Hoje há grande contingente populacional de gente que não se adapta ao mundo ocidental no velho continente. Na França, 10% da população já é muçulmana. Entre eles, 40% são jovens desempregados que não se sentem franceses e são facilmente recrutados por grupos extremistas. 

Os peritos dizem que esses ataques-relâmpago, perpetrados por poucos indivíduos, como o que vitimou os cartunistas da Charlie Hebdo, devem aumentar, pois os ataques terroristas de massa estão cada vez mais difíceis de executar. A solução será mais repressão policial e perda de liberdades civis para os franceses. Se tivessem criado um programa de aculturamento desses imigrantes e restringido a permanência dos mesmos no país à sua capacidade de adaptação aos costumes locais, toda essa situação trágica poderia ter sido evitada. Agora ficaram entre a cruz e a caldeirinha.

E o mundo das artes e do humor, de luto. 






Link permanente da imagem incorporada
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sexta-feira, 2 de maio de 2014

A direita brasileira é conservadora e mal resolvida, a despeito de um de seus ícones ser uma espécie de Dercy Gonçalves de suspensórios


No artigo abaixo, Helio Saboya Filho aponta corretamente que, se a dita direita brasileira acerta em enaltecer o papel dos indivíduos e propor a redução do Estado, erra ao fazer tempestade em copo d'água por conta de picuinhas ligadas às questões da moral e dos costumes (no exemplo do texto, trata-se do episódio da "filósofa" Valéria Popozuda). 

Embora chame o economista Rodrigo Constantino - porque são amigos - (um dos mais deslavados oportunistas que já vi no cenário público brasileiro), "de jovem culto, dinâmico, que vem alcançando merecido sucesso em palestras, livros e artigos", Saboya também acerta quando aponta o quanto já deu o "interminável choramingo contra a hegemonia da esquerda na política (na imprensa, como visto, não há), um “coitadismo” em causa própria que desautoriza o discurso da meritocracia." 

Acerta ainda quando chama Olavo de Carvalho, o pancadão ultraconservador, de espécie de Dercy Gonçalves de suspensórios, e quando afirma que, se a espécie dos esquerdopatas sobrevive, há também destropatas  ressentidos e autoritários a reprovar.

De fato, a direita brasileira - fundamentalmente conservadora - indo dos toscos espécimens como Bolsonaro, padres Ricardos e pastores evangélicos, até aos mais letradinhos como Pondé, Reinaldo Azevedo e Constantino, mistura questões de macropolítica (economia, democracia, direitos civis, saúde, educação, segurança, etc.) com questões de micropolítica (questões específicas como religião e temas de moral e costumes), fazendo o célebre samba do conservador doido e ridicularizando a si mesma.

Entre os esquerdopatas e esses destropatas, a diferença é simplesmente de quem está ou não está no poder. Para quem quer um Brasil moderno e inclusivo, nenhum deles têm qualquer serventia. De fato, só servem para se retroalimentar de ódio e ressentimento, num fla-flu interminável que não leva a futuro algum.

Vozes da direita

Eleições se ganham por mérito; não há cotas para excluídos

O enfant terrible da direita, o economista Rodrigo Constantino, é um jovem culto, dinâmico, que vem alcançando merecido sucesso em palestras, livros e artigos, superando Olavo de Carvalho, oráculo direitista cujos excessos o converteram em uma espécie de Dercy Gonçalves de suspensórios.

Constantino, Diogo Mainardi, Denis Rosenfield, Luiz Felipe Pondé, Guilherme Fiuza e Reinaldo Azevedo fazem um respeitável contraponto ao colunismo de esquerda formado por Verissimo, Vladimir Safatle, Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim, Luiz Nassif e Emir Sader. (Omissões nas escalações são debitadas à falta de espaço, que sobra para todos na grande imprensa e na internet).

Na essência, o primeiro time desses formadores de opinião advoga a liberdade individual e a redução do Estado, e o segundo um Estado intervencionista e provedor. Para Pondé, “o Brasil hoje é um país rasgado entre uma cultura liberal, centrada no indivíduo e na valorização da autonomia e autorresponsabilidade, e uma autoritária, centrada no ‘coletivo’ e no culto do ressentimento e da dependência”.

A dimensão paquidérmica da máquina oficial e seus escândalos fazem praticamente irretorquíveis os argumentos de uma direita que, mesmo com material tão fértil a ser explorado, desperdiça energia com questões completamente insignificantes, polemizando bobagens com verniz de erudição e entusiasmo de hora do recreio.

Há alguns dias, em uma escola de Taguatinga, a cantora Valesca Popozuda foi citada como “pensadora contemporânea” por um professor que pretendia chamar atenção para “a influência da mídia na formação desses valores”.

A direita fez um charivari digno de quem se viu diante de um traseiro bolivariano a serviço da doutrinação marxista. Ora, nos EUA, uma universidade da Carolina do Sul criou um curso cuja matéria é a Lady Gaga e outra, de Nova Jersey, um curso sobre a cantora Beyoncé. E daí?

Por outro lado, no recente caso Petrobras, ícones do empreendedorismo independente que concorreram com seus votos para aprovar a polêmica operação Pasadena não sofreram quaisquer críticas por aqueles que pregam a iniciativa privada como a solução de todos os males que afligem a humanidade. Um silêncio difícil de explicar.

Finalmente, não há mais lenço (nem saco) para o interminável choramingo contra a hegemonia da esquerda na política (na imprensa, como visto, não há), um “coitadismo” em causa própria que desautoriza o discurso da meritocracia. Eleições se ganham por mérito; não há cotas para excluídos. E o mais incensado liberal acidental, Demóstenes Torres, saiu do Senado por feitos de gravidade mensaleira.

Se sobrevive a espécie dos esquerdopatas, há também destropatas que, ressentidos e autoritários, festejam o golpe militar, tietam Bolsonaros e Felicianos, e se arrepiam ao ver uma foto do Che Guevara. Será que não basta ter o Lobão como muso e a Sheherazade como musa?

Fonte: O Globo, 24/04/2014

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cachorro e pássaro mostram que uma verdadeira amizade supera todas as diferenças

Pega-rabilonga
Vídeo onde um cachorrinho e um pássaro brincam para valer um com o outro. Pela esperteza e biotipo, o pássaro parece ser da família dos corvos, gaios e gralhas, provavelmente uma pega-rabuda, ou pega-rabilonga, pouco comum no Brasil. Divertido e emocionante!
 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Maneira bem-humorada de criticar propagandas sexistas

Modelito calendário de oficina de mecânico mambembe precisa ser mudado
A grande reivindicação da última geração de feministas parece ser o direito de ser feia, direito que os homens sempre tiveram (sic). É fato que, educadas para serem objetos de uso masculino, as mulheres sempre tiveram a aparência supervalorizada, em detrimento de características muito mais relevantes de suas pessoas, criando muita ansiedade nas moças que tentam se encaixar em padrões de beleza irrealistas.

No entanto, acho um grande equívoco essa história de direito a ser feia. Substituir padrões de beleza por padrões de feiura é uma posição reativa e ressentida que não leva a nada. Em artes marciais, quando um adversário é mais poderoso do que você, se tenta derrotá-lo com raiva e de frente, você inevitavelmente perderá a contenda. Se quiser de fato derrotá-lo, tem que manter a calma e até o humor e usar a força do adversário contra ele. As mulheres têm mais é que capitalizar essa hipervalorização da aparência feminina a seu favor, sem se deixar escravizar por ela. Hoje em dia boa aparência é um abre-portas inclusive para os homens. O seu oposto, a feiura, o desleixo, fecham portas para muitas carreiras. Depois não adianta reclamar de sexismo quando não consegue emprego por aparecer em público como se estivesse em casa, sozinha e muito de folga.

O melhor a fazer é ridicularizar as propagandas de produtos e de beleza que apresentam as mulheres em imagens e posições absolutamente fora da realidade. Lembrando sempre, contudo, que modelos se submetem a certos papéis porque ganham muito dinheiro com isso. São os ossos do ofício, e só mesmo cada mulher individualmente pode avaliar a capacidade que tem de roer os muitos ossos que lhe aparecem pelo caminho.

Foi o que fez o gerente geral da concessionária Motocorsa, Arun Sharma, em Oregon, ao ser acusado de apelar na campanha de promoção da moto Ducati 1199 Panigale. Nas imagens da campanha promocional, a modelo Kylie Shea Lewallen aparece em posições contorcionistas e supostamente sensuais sobre e junto à moto. Aquele velho modelito de foto que costuma decorar lojas de mecânicos mambembes. 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fina Ironia: Direita X Esquerda - o retorno

Posto texto do Antônio Prata, reproduzido no blog do Augusto Nunes, porque criativo e engraçado, embora tenha dúvidas se a maioria entendeu (ou entenderá) a fina ironia do autor. Na mesma linha, contribuo: "A diferença entre a esquerda e a direita é que a esquerda pensa com o coração, mas o coração não tem cérebro, e a direita esqueceu o coração em algum lugar, mas nem se preocupa em saber onde."

Direita X Esquerda - o retorno 

ANTÔNIO PRATA

Depois que o muro de Berlim foi partido em cubinhos e vendido como souvenir, Che Guevara passou a usar o chapéu do Mickey Mouse e a Colgate uniu o mundo num único e branco sorriso, muita gente pensou que esquerda e direita tinham ficado para trás. Dizia-se que, dali em diante, os termos só seriam usados para indicar o caminho no trânsito e diferenciar os laterais no futebol. Afinal de contas, estávamos no fim da história e, como sabíamos desde criancinhas, todos viveriam felizes para sempre.

Mas o mundo gira, gira e – eis aí um grande problema de rodar em torno do próprio eixo – voltamos para o mesmo lugar. Se a história se repete como farsa ou como história mesmo, não faço a menor idéia, mas ouso dizer, parafraseando Nelson Rodrigues (que já foi de direita, mas o tempo e Ruy Castro liberaram para a esquerda), que hoje em dia não se chupa um Chicabom sem optar-se por um dos blocos.

Ah, como fomos tolos! Acreditar que aquela dicotomia ontológica resumia-se à discussão sobre quanto o Estado deveria intervir no mercado (ou quanto o Mercado deveria ser regulado pelo estado, o que vem a ser a mesma coisa, de maneira completamente diferente) é mais ou menos como pensar que a diferença entre homens e mulheres restringe-se ao cromossomo Y. Ou ao comprimento do cabelo.

Estado e Mercado são apenas a ponta de um iceberg, ou melhor, dois icebergs sociais, culturais, gastronômicos, gramaticais, musicais, lúdicos, léxicos, religiosos, higiênicos, esportivos, patafísicos, agronômicos, sexuais, penais, eletro-eletrônicos, existenciais, metafísicos, dietéticos, lógicos, astrológicos, pundonôricos, astronômicos, cosmogônicos – e paremos por aqui, porque a lista poderia levar o dia todo.

Justamente agora, quando esquerda e direita, pelo menos em suas ações, pareciam não divergir mais sobre as relações entre Estado e Mercado (ponhamos assim, os dois com maiúsculas, para não nos acusarem de nenhuma parcialidade), a discussão ressurge lá do mar profundo, com toda a força, como o tubarão de Spielberg.

Para que o pasmo leitor que, como eu, dá um boi para não entrar numa discussão, mas uma boiada para não sair, não termine seus dias sem uma única rês, resolvi enumerar algumas diferenças entre essas, digamos, maneiras de estar no mundo. Dessa forma saberemos, ao comentar numa mesa de bar, na casa da sogra ou na padaria da esquina, “dizem que o filme é chato” ou “como canta bem esse canário belga”, se estamos ou não pisando inadvertidamente numa dessas minas ideológicas, mandando os ânimos pelos ares e causando inestancáveis verborragias.

A lista é curta e provisória. Outras notas vão entrar, mas a base, por ora, é essa aí. Se a publico agora é por querer evitar, mesmo que parcialmente, que mais horas sejam ceifadas, no auge de suas juventudes, nas trincheiras da mútua incompreensão. Vamos lá.

A esquerda acha que o homem é bom, mas vai mal – e tende a piorar. A direita acredita que o homem é mau, mas vai bem – e tende a melhorar.

A esquerda acusa a direita de fazer as coisas sem refletir. A direita acusa a esquerda de discutir, discutir, marcar para discutir mais amanhã, ou discutir se vai discutir mais amanhã e não fazer nada. (Piada de direita: camelo é um cavalo criado por um comitê).

Temos trânsito na cidade. O que faz a direita? Chama engenheiros e constrói mais pontes. Resolve agora? Sim, diz a direita. Mas só piora o problema, depois, diz a esquerda. A direita não está preocupada com o depois: depois é de esquerda, agora é de direita.

Temos trânsito na cidade. O que faz a esquerda? Chama urbanistas para repensar a relação do transporte com a cidade. Quer dizer então que a Marginal vai continuar parada ano que vem?, cutuca a direita. Sim, diz a esquerda, mas outra cidade é possível mais pra frente. A direita ri. “Outra” é de esquerda. “Isso” é de direita.

Direita e esquerda são uma maneira de encarar a vida e, portanto, a morte. Diante do envelhecimento, os dois lados se dividem exatamente como no urbanismo. Faça plásticas (pontes), diz a direita. Faça análise, (discuta o problema de fundo) diz a esquerda. (“filosofar é aprender a morrer”, Cícero). Você tem que se sentir bem com o corpo que tem, diz a esquerda. Sim, é exatamente por isso que eu faço plásticas, rebate a direita. Neurótica! – grita a esquerda. Ressentida! – grita a direita.

A direita vai à academia, porque é pragmática e quer a bunda dura. A esquerda vai à yoga, porque o processo é tão ou mais importante que o resultado. (Processo é de esquerda, resultado, de direita).

Um estudo de direita talvez prove que as pessoas de direita, preocupadas com a bunda, fazem mais exercícios físicos do que as de esquerda e, por isso, acabam sendo mais saudáveis, o que é quase como uma aplicação esportiva do muito citado mote de Mendeville, de que os vícios privados geram benefícios públicos – se encararmos vício privado como o enrijecimento da bunda (bunda é de direita) e benefício público como a melhora de todo o sistema cardio-vascular. (Sistema cardio-vascular é de esquerda).

Um estudo de esquerda talvez prove que o povo de esquerda, mais preocupado com o processo do que com os resultados, acaba com a bunda mais dura, pois o processo holístico da yoga (processo, holístico e yoga são de extrema esquerda) acaba beneficiando os glúteos mais do que a musculação. (Yoga já é de direita, diz alguém que lê o texto sobre meus ombros, provando que o provérbio correto é “pau que nasce torno, sempre se endireita”).

Dieta da proteína: direita. Dieta por pontos: esquerda. Operação de estômago: fascismo. Macrobiótica: stalinismo. Vegetarianismo: loucura. (Foucault escreveria alguma coisa bem interessante sobre os Vigilantes do Peso).

Evidente que, dependendo da época, as coisas mudam de lugar. Maio de 68: professores universitários eram de direita e mídia de esquerda. (“O mundo só será um lugar justo quando o último sociólogo for enforcado com as tripas do último padre”, escreveram num muro de Paris). Hoje a universidade é de esquerda e a mídia, de direita.

As coisas também mudam, dependendo da perspectiva: ao lado de um suco de laranja, Guaraná é de direita. Ao lado de uma Coca-Cola, Guaraná é de esquerda. Da mesma forma, ao lado de um suco de graviola, pitanga ou umbu (extrema-esquerda), o de laranja vira um generalzinho. (Anauê juice fruit: 100% integralista).

Leão, urso, lobo: direita. Pinguim, grilo, avestruz: esquerda. Formiga: fascismo. Abelha: stalinismo. Cachorro: social democrata. Gato: anarquista. Rosa: direita. Maria sem-vergonha: esquerda. Grama: nacional socialismo. Piscina: direita. Cachoeira: esquerda. (Quanto ao mar, tenho minhas dúvidas, embora seja claro que o Atlântico e o Pacífico estejam, politicamente, dos lados opostos aos que se encontram no mapa). Lápis: esquerda. Caneta: direita. Axilas, cotovelo, calcanhar: esquerda. Bíceps, abdomem, panturrilha: direita. Nariz: esquerda. Olhos: direita. (Olfato é sensação, animal, memória. Visão é objetividade, praticidade, razão).

Liquidificador é de direita. (Maquiavel: dividir para dominar). Batedeira é de esquerda. (Gilberto Freyre: o apogeu da mistura, do contato, quase que a massagem dos ingredientes). Mixer é um caudilho de direita. Espremedor de alho é um caudilho de esquerda. Colher de pau, esquerda. Teflon, direita. Mostarda é de esquerda, catchupe é de direita – e pela maionese nenhum dos lados quer se responsabilizar. Mal passado é de esquerda, bem passado é de direita. Contra-filé é de esquerda, filé mignon é de direita. Peito é de direita, coxa é de esquerda. Arroz é de direita, feijão é de esquerda. Tupperware, extrema direita. Cumbuca, extrema esquerda. Congelar é de direita, salgar é de esquerda. No churrasco, sal grosso é de esquerda, sal moura é de direita e jogar cerveja na picanha é crime inafiançável.

Graal é de direita, Fazendinha é de esquerda. Cheetos é de direita, Baconzeetos é de esquerda e Doritos é tucano. Ploc e Ping-Pong são de esquerda, Bubaloo é de direita.

No sexo: broxada é de esquerda. Ejaculação precoce é de direita. Cunilingus: esquerda. Fellatio: direita. A mulher de quatro: direita. Mulher por cima: esquerda. Homem é de direita, mulher é de esquerda. (mas talvez essa seja a visão de uma mulher – de esquerda).

Vogais são de esquerda, consoantes, de direita. Se A, E e O estiverem tomando uma cerveja e X, K e Y chegarem no bar, pode até sair briga. Apóstrofe ésse anda sempre com Friedman, Fukuyama e Freakonomics embaixo do braço. (O trema e a crase acham todo esse debate uma pobreza e são a favor do restabelecimento da monarquia).

“Eu gostava mais no começo” é de esquerda. “Não vejo a hora de sair o próximo” é de direita.

Dia é de direita, noite é de esquerda. Sol é de direita, lua é de esquerda. Planície é de direita, montanha é de esquerda. Terra é de direita, água é de esquerda. Círculo é de esquerda, quadrado é de direita. “É genético” é de direita. “É comportamental” é de esquerda. Aproveita é de esquerda. Joga fora e compra outro, de direita. Onda é de direita, partícula é de esquerda. Molécula é de esquerda, átomo é de direita. Elétron é de esquerda, próton é de direita e a assessoria do neutron informou que ele prefere ausentar-se da discussão.

To be continued (continua, para os de direita)

Under construction (em construção, para os de esquerda)

Fonte: (re)publicado no blog do Augusto Nunes em 29/06/2013 via blog do Antonio Prata

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O (in)decênio petista que afundou o Brasil

Como uma imagem vale mais do que mil palavras...


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Piadas cubanas II - Reflexos da ilha-maravilha dos vermelhos

Damas de Branco percorrem ruas de Cuba pedindo pela libertação de presos políticos
As piadas abaixo datam do tempo em que Fidel ainda estava à frente da ditadura cubana, antes de passar o cargo para o hermano nada hermoso Raúl Castro.

Entretanto, continuam bem atuais, a refletir a realidade da ilha-prisão que os PT, PSOL, PCdoB, PSTU, PCO (entre outros) insistem em proteger e financiar. Com nosso dinheiro, o que é pior.

Dessa leva de 11 piadas, para mim a melhor é a décima. E você, o que acha?

Piada 1

Uma professora cubana mostra aos alunos um retrato do presidente Bush, e pergunta à classe:
— De quem é este retrato?
Silêncio absoluto.
— Eu vou ajudar vocês um pouquinho. É por culpa deste senhor que nós estamos passando fome.
— Ah, professora! É que sem a barba e o uniforme não dava para reconhecer!

Piada 2
Fidel está fazendo um de seus famosos discursos:
— E a partir de agora teremos de fazer mais sacrifícios!
Diz alguém na multidão:
— Trabalharemos o dobro!
— ... E temos de entender que haverá menos alimentos!Diz a mesma voz:
— Trabalharemos o triplo!
— ... E as dificuldades vão aumentar!Completa a mesma voz:
— Trabalharemos o quádruplo!Aí o Fidel pergunta ao chefe de segurança:
— Quem é esse sujeito que vai trabalhar tanto?
— O coveiro, mi comandante.

Piada 3
Fidel sofre um enfarte, e a família o leva ao hospital. O médico diz:
— Não há esperança.
O irmão pergunta:
— Ele vai morrer?
— Não. Vai continuar vivo.

Piada 4
Fidel vai a um centro espírita. Consegue conversar com a falecida mãe, e pergunta:
— Mãe, no próximo ano eu ainda estarei no poder?
— Sim, meu filho.
— E o povo vai estar comigo?
— Não, vai estar comigo.

Piada 5
O governo revolucionário vai tomar todas as providências para que nenhum cubano vá para a cama sem comer: Vai recolher todas as camas.

Piada 6
Um surdo-mudo chega a um bar, passa a mão sobre uma suposta barba, em seguida passa o dedo pelo pescoço, como se estivesse sendo degolado: O garçom serve uma cuba-libre.

Piada 7
Qual o país mais próximo do inferno?
— Cuba.
— Não, o Haiti. Cuba já é o inferno.

Piada 8
O pai cubano pergunta ao filho pequeno:
— O que você quer ser quando crescer?
— Estrangeiro.

Piada 9
Putin foi a Cuba e ficou impressionado com o número de pessoas usando sapatos com solas furadas, rasgados em cima, etc. Estranhou que, depois de passados 40 anos de “melhoras”, as pessoas ainda estavam com sapatos rasgados e maltratados. Perguntou a Fidel a razão disso. Fidel, indignado, respondeu com uma pergunta:

— E na Rússia, não é a mesma coisa? Vai me dizer que lá todo mundo tem sapato novo?

Putin disse a Fidel que fosse à Rússia para conferir. E se ele encontrasse um cidadão qualquer com sapatos furados, tinha a permissão para matar essa pessoa. Fidel tomou um avião e se mandou para Moscou. Quando desembarcou, a primeira pessoa que viu estava com sapatos rasgados e furados, que pareciam ter pertencido ao avô. Não titubeou. Tirou a pistola e matou o sujeito. Afinal, tinha permissão de seu colega Putin para fazer isso. No dia seguinte os jornais anunciaram: PRESIDENTE DE CUBA MATA O SEU EMBAIXADOR NO AEROPORTO.

Piada 10
Fidel Castro morre e chega no céu, mas não estava na lista. Assim, São Pedro o manda ao inferno. Quando chega lá, o diabo em pessoa o recebe e diz:

— Olá, Fidel, seja bem-vindo. Eu estava à sua espera. Aqui você vai se sentir em casa.

— Obrigado, Satanás, mas estive primeiro no céu e esqueci minhas malas lá em cima, na portaria.

— Não se preocupe. Vou enviar dois diabinhos para pegar suas coisas.

Os dois diabinhos chegam às portas do céu, mas as encontram fechadas, porque São Pedro tinha saído para almoçar. Um dos diabinhos diz ao outro:

— Olha, é melhor pularmos o muro. Aí pegamos as malas sem perturbar ninguém.

Os dois diabinhos começam a escalar o muro. Dois anjinhos passavam por ali, e ao verem os diabinhos, um comenta com o outro:

— Não faz nem dez minutos que Fidel está no inferno, e já temos refugiados.

Piada 11
Com a notícia de que Fidel estava para morrer, Lúcifer convocou reunião da comissão executiva do inferno. Foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Lúcifer deveria fortalecer suas alianças políticas com as diversas hordas de demônios, para evitar ser deposto por Fidel;

2. Fortalecer as fronteiras do inferno, para evitar evasão em massa de capetinhas e almas penadas para Miami;

3. Proibir Fidel de usar qualquer sistema de comunicação em massa.

E o motivo desta última é que a comissão chegou à conclusão de que seria castigo demasiado, para as almas penadas, ouvir os discursos de 10 horas de Fidel.

Vejam também: Piadas cubanas ou porque os papagaios adoram o Fidel!

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