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Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

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quinta-feira, 13 de março de 2014

Mais 4 mil cubanos chegarão ao Brasil para trabalhar em regime semi-escravo



Dos 14.900 médicos do programa eleitoreiro do governo, intitulado Mais Médicos, 11.400 virão de Cuba para trabalhar em condições de semi-escravidão. Abaixo, reproduzo editorial do Estadão sobre o assunto e a entrevista do médico Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasil, a respeito desse tema e de outros temas ligados à medicina no país.

Destaco:
Que o Mais Médicos é eleitoreiro, já não resta a menor dúvida. Em vez de investir na melhoria global da saúde, o governo preferiu o truque de importar milhares de médicos para enviá-los aos confins do País, sem lhes fornecer a infraestrutura necessária para um atendimento eficaz. Nada justifica o descarado atropelo das leis trabalhistas, cujo objetivo é não apenas sustentar a demagogia do governo, mas também - e talvez principalmente - financiar a ditadura cubana.
 O exército cubano

O governo anunciou, com espantosa naturalidade, que mais 4 mil cubanos virão ao Brasil para integrar o programa Mais Médicos. Com isso, o exército de profissionais exportados pela ditadura castrista para servirem como peça de propaganda eleitoral petista - e serem despudoradamente explorados como mão de obra de segunda classe - chegará a 11.400, maioria absoluta entre os 14.900 médicos do programa.

Ante a pressão do Ministério Público do Trabalho, que está investigando a situação desses cubanos, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que esses profissionais terão um "aumento" em sua remuneração, de cerca de R$ 900 para R$ 3.000 mensais. No entanto, a maior parte da diferença, cerca de R$ 1.400, é justamente o valor que o governo cubano sequestrava do salário desses médicos e depositava em uma conta na ilha em nome deles. Ou seja: o tal "reajuste" nada mais é do que o dinheiro que já era pago aos médicos, mas que só poderia ser usado quando voltassem para casa. Portanto, a situação desses profissionais não mudou nada - eles continuam a ser discriminados.

Por esse contrato, o salário dos cubanos é muito inferior aos mais de R$ 10 mil pagos a médicos de outras nacionalidades que participam do programa. Em vez de entregar o dinheiro diretamente aos médicos cubanos, como faz com os demais profissionais, o governo envia os R$ 10 mil por médico à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que entrega o dinheiro a uma empresa de Cuba, e é essa empresa que remunera os profissionais cubanos - com apenas uma fração do valor original. A ditadura castrista embolsa o resto - e Chioro disse não saber o que é feito com esse dinheiro do contribuinte brasileiro, cujo total passará de R$ 900 milhões.

Chioro disse que esse modelo de contrato é igual ao estabelecido com os demais países que recebem médicos cubanos. Mas o Jornal Nacional (27/2) mostrou que isso não é verdade. Ao pesquisar a situação na França, no Chile e na Itália - países indicados pelo Ministério da Saúde como exemplos -, a reportagem mostrou que, nos dois primeiros casos, os médicos cubanos recebem o salário integral. Já a Itália nem sequer contrata médicos cubanos.

Segundo o Jornal Nacional, a Opas admitiu que o contrato aplicado no Brasil não tem equivalente no mundo. Revelado pela cubana Ramona Rodríguez, que desistiu do programa ao saber que receberia muito menos que seus colegas de outras nacionalidades, o tal compromisso é draconiano - o profissional, por exemplo, não pode receber nem sequer visitas sem avisar à "Brigada Médica cubana", nome fantasia para os agentes do governo castrista.

Quem fornece o serviço dos médicos é uma empresa chamada "Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S.A.". Os contratados são devidamente advertidos de que terão de guardar "estrita confidencialidade" a respeito dos termos do documento e que, caso se neguem a retornar a Cuba, serão considerados desligados do programa e estarão submetidos à legislação brasileira, que veda o exercício da medicina a estrangeiros que não revalidem seu diploma.

Do ponto de vista trabalhista, o truque é qualificar o trabalho dos médicos como "intercâmbio acadêmico", o que não cria vínculo empregatício. Mas em direito trabalhista existe o princípio da primazia da realidade, em que os fatos se impõem sobre o que está escrito - e a realidade é que os "intercambistas" cubanos nada mais são do que profissionais sub-remunerados. Ademais, o próprio contrato que esses médicos tiveram de assinar os qualifica como "profissionais de saúde", e não como estudantes.

Que o Mais Médicos é eleitoreiro, já não resta a menor dúvida. Em vez de investir na melhoria global da saúde, o governo preferiu o truque de importar milhares de médicos para enviá-los aos confins do País, sem lhes fornecer a infraestrutura necessária para um atendimento eficaz. Nada justifica o descarado atropelo das leis trabalhistas, cujo objetivo é não apenas sustentar a demagogia do governo, mas também - e talvez principalmente - financiar a ditadura cubana.

Fonte: O Estado de S.Paulo, 10/03/2014

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Duas reformas liberais do Uruguai a ser seguidas: o casamento gay e a legalização e regulamentação da produção, venda e consumo de maconha.


No Brasil, neocons, travestidos de liberais (algo muito comum nestas plagas), como o arrivista colunista da Veja, Rodrigo Constantino, criaram falsas polêmicas sobre o fato do presidente do Uruguai, Pepe Mujica, ter aparecido de sandálias em uma solenidade pública. 

Enquanto isso, um verdadeiro liberal, como o escritor Mario Vargas Llosa, apontava as duas reformas liberais que levaram o Uruguai à categoria de exemplo a ser seguido: o casamento gay e a legalização e regulamentação da produção, venda e consumo de maconha. 

Apreciem o texto e lamentem que seu autor seja peruano e não brasileiro. Em nosso país, parece não haver inteligência e civilidade em nenhum dos quadrantes políticos. 

O exemplo uruguaio

Mario Vargas Llosa

Foi muito feliz a revista The Economist ao declarar o Uruguai "o país do ano" e qualificar como admiráveis as duas reformas liberais mais radicais tomadas em 2013 pelo governo do presidente José Mujica: o casamento gay e a legalização e regulamentação da produção, venda e consumo de maconha.

É extraordinário que ambas as medidas, inspiradas na cultura da liberdade, tenham sido adotadas pelo governo de um movimento que, originalmente, não acreditava na democracia, mas na revolução marxista-leninista e no modelo cubano de autoritarismo vertical e de partido único. Desde que subiu ao poder, o presidente Mujica, que em sua juventude foi um guerrilheiro tupamaro, assaltou bancos e passou muitos anos na cadeia, onde foi torturado durante a ditadura militar, tem respeitado escrupulosamente as instituições democráticas - a liberdade da imprensa, a independência dos poderes, a coexistência de partidos políticos e eleições livres - assim como a economia de mercado, a propriedade privada, estimulando os investimentos estrangeiros.

A política desse simpático velhinho estadista, que fala com uma sinceridade insólita num governante, embora isso signifique equivocar-se de vez em quando, vive de maneira muito modesta em sua chácara nos arredores de Montevidéu, e viaja em classe econômica, conferiu ao Uruguai uma imagem de país estável, moderno, livre e seguro, o que lhe permitiu crescer economicamente e avançar na justiça social, estendendo os benefícios da liberdade em todos os campos, e vencendo as pressões de uma minoria recalcitrante da coalizão.

É preciso lembrar que o Uruguai, diferentemente da maior parte dos países latino-americanos, cultiva uma antiga e sólida tradição democrática, a ponto de, quando eu era criança, o pais oriental ser chamado de "a Suíça da América" em razão da força de sua sociedade civil, da firmeza da legalidade e de suas Forças Armadas respeitadoras de governos constitucionais. Além disso, principalmente depois das reformas do "battlismo", que reforçaram o secularismo e criaram uma poderosa classe média, a sociedade uruguaia tinha uma educação de primeiro nível, uma vida cultural muito rica e um civismo equilibrado e harmonioso, invejado por todo o continente.

Lembro de como fiquei impressionado ao conhecer o Uruguai em meados dos anos 60. Um país onde as diferenças econômicas e sociais eram muito menos cruas e extremas do que no restante da América Latina, e no qual a qualidade da imprensa escrita e radiofônica, seus teatros, livrarias, o alto nível do debate político, sua vida universitária, artistas e escritores - e principalmente, o punhado de críticos e a influência que eles exerciam - e a liberdade irrestrita que se respirava em toda parte o aproximavam muito mais aos países europeus mais avançados do que aos seus vizinhos, não parecia um dos nossos. Ali descobri o semanário Marcha, uma das melhores revistas que conheci, e que se tornou para mim desde então uma leitura obrigatória para me pôr a par do que acontecia em toda a América Latina.

Sombras. Entretanto, essa sociedade que dava ao forasteiro a impressão de estar se afastando cada vez mais do Terceiro Mundo e a se aproximar do Primeiro, já naquele tempo começava a deteriorar-se. Porque, apesar de tudo o que de bom acontecia ali, muitos jovens, e alguns não tão jovens, sucumbiam ao fascínio da utopia revolucionária e iniciavam, segundo o modelo cubano, as ações violentas que destruiriam a "democracia burguesa" para substituí-la, não pelo paraíso socialista, mas por uma ditadura militar de direita que lotou os presídios de presos políticos, praticou a tortura e obrigou muitos milhares a se exilar.

A fuga de talentos e dos melhores profissionais, artistas e intelectuais do Uruguai naqueles anos foi proporcionalmente uma das mais cruciais que um país latino-americano jamais experimentou ao longo da história. Entretanto, a tradição democrática e a cultura da legalidade e da liberdade não se eclipsou totalmente naqueles anos de terror. Com a queda da ditadura e o restabelecimento da vida democrática, floresceria novamente, com maior vigor e, diria até, com uma experiência acumulada que educou tanto a direita quanto a esquerda, vacinando-as contra as ilusões de violência do passado.

De outro modo, não teria sido possível que a esquerda radical, que com a Frente Ampla e os tupamaros chegasse ao poder, desse mostras, desde o primeiro momento, de um pragmatismo e espírito realista que permitiu a convivência na diversidade e aprofundou a democracia uruguaia em lugar de pervertê-la. Esse perfil democrático e liberal explica a valentia com que o governo do presidente Mujica autorizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo e converteu o Uruguai no primeiro país do mundo a mudar radicalmente sua política frente ao problema da droga, crucial em toda parte, mas particularmente agudo na América Latina. Trata-se de duas reformas muito profundas e de amplo alcance que, segundo as palavras da Economist, "podem beneficiar o mundo inteiro".

O casamento entre pessoas do mesmo sexo tende a combater um preconceito estúpido e a reparar uma injustiça em razão da qual milhões de pessoas padeceram (e continuam padecendo na atualidade) injustiças e discriminação sistemática, desde a fogueira da inquisição até o cárcere, a perseguição, a marginalização social e violações de toda ordem.

Em relação às drogas, predomina ainda no mundo a ideia de que a repressão é a melhor maneira de enfrentar o problema, embora a experiência tenha demonstrado até o cansaço, que, apesar da enormidade de recursos e esforços investidos em reprimi-la, sua fabricação e consumo continuam aumentando em toda parte, engordando as máfias e a criminalidade associada ao narcotráfico. Nos nossos dias, esse é o principal fator da corrupção que ameaça as novas e antigas democracias e vai enchendo as cidades da América Latina de pistoleiros e cadáveres.

Será bem-sucedida a corajosa experiência uruguaia da legalização da produção e consumo da maconha? Seria muito mais, sem dúvida nenhuma, se a medida não fosse restrita a um único país (e não fosse tão estatista), mas compreendesse um acordo internacional do qual participassem tanto os países produtores como os consumidores. Mas, mesmo assim, a medida afetará os traficantes e portanto a criminalidade derivada do consumo ilegal, e demonstrará com o tempo que a legalização não aumenta notoriamente o consumo, apenas num primeiro momento, embora, desaparecido o tabu que costuma prestigiar a droga junto aos jovens, tenda a reduzi-lo.

O importante é que a legalização seja acompanhada de campanhas educativas - como as que combatem o tabagismo ou explicam os efeitos prejudiciais do álcool - e de reabilitação, de modo que quem fuma maconha o faça com perfeita consciência dos que fazem, como ocorre hoje em dia, os que fumam tabaco ou bebem álcool. A liberdade tem seus riscos, e os que creem nela devem estar dispostos a corrê-los em todos os campos, não apenas no cultural, no religioso e no político. Foi o que entendeu o governo uruguaio, e devemos aplaudi-lo por isto. Esperemos que outros aprendam a lição e sigam seu exemplo. / TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

Fonte: O Estado de S.Paulo, 29/12/2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Dez anos de PT e a saúde pública entrou em colapso


O corredor da morte nos hospitais
Faltam roupas, remédios, leitos. Faltam médicos, anestesistas, enfermeiros. Falta vergonha

Ruth de Aquino

"Aqui, olha, deixam a gente na musiquinha”, disse a recepcionista do Hospital Barra d’Or, no Rio de Janeiro, apontando para o telefone em viva voz. Ela tentava, sem sucesso, autorização do Bradesco Saúde para Hélio Araújo ser atendido na emergência. Hélio tem 91 anos e é meu pai. Sofreu uma queda em casa, e um armário caiu por cima dele. Esperava na cadeira de rodas, a mão enfaixada, pingando sangue no lobby do hospital. Não sabíamos se havia fratura da mão ou um dano no crânio. Meus pais pagam R$ 2.440 por mês ao plano de saúde. A mesma seguradora desde 1978.

“Não autorizaram emergência, só internação. Também não autorizaram tomografia cerebral. Estou tentando o raio-X”, disse a recepcionista. “Então pago tudo particular, depois abro um processo”, disse eu. Só assim ele foi atendido, “no particular”, após horas de incerteza. Ficamos no hospital das 20 horas às 4 horas da manhã. Na saída, surpresa: não foi preciso pagar nada. Mas a recepcionista teve de insistir horas, houve discussão e estresse. É o caso de um paciente de elite, que enfrenta os maus-tratos comuns dos planos.

O buraco é bem mais embaixo na saúde pública do Brasil. Sinto náuseas ao ver multidões de pacientes, de crianças a idosos, dormindo em filas diante dos hospitais, com senhas só para “agendar a consulta”, e não para atendimento. As senhas acabam. As pessoas choram. Estão vulneráveis, doentes, frágeis, sentem-se humilhadas, escorraçadas. Gosto de cachorros, mas acho que a sociedade tem se escandalizado mais com o tratamento dispensado a cães do que a seres humanos.

O estado deprimente e indigno de nossa Saúde é o maior atestado de que a ideologia política de um governo não garante o respeito aos direitos básicos escritos na Constituição brasileira. Temos uma década de governo “de esquerda” – já que o PT se considera um partido do povo. O que existe diante dos hospitais é a fila da vergonha. Nossas emergências e nossos postos de saúde estão em colapso.

No Rio, há 12.500 pacientes à espera de cirurgia em hospitais federais. Alguns esperam há sete anos. Os dados são da semana passada, levantados pela Defensoria Pública da União. Os defensores decidiram processar o Ministério da Saúde. Querem um cronograma oficial de cirurgias no prazo máximo de dois meses. Exigem que o ministério pague uma indenização coletiva aos pacientes, de R$ 1,2 bilhão.

Os doentes morrem na fila da cirurgia. Cirurgias vasculares, cardíacas, neurológicas, ortopédicas, urológicas, oftalmológicas e torácicas. Os médicos se descabelam por falta de tudo. Sem parafusos e placas, idosos não podem ser operados num dos maiores hospitais do Rio. Uns pedem material emprestado a outros. De nada adianta. A precariedade é o artigo mais em alta nos hospitais federais, estaduais e municipais. O jogo de empurra entre as esferas de governo é conhecido. União, Estados e municípios se mostram incompetentes e venais na oferta de serviço de Saúde. Levam pacientes à histeria, pelo sentimento continuado de impotência.

O programa Globo repórter da última sexta-feira 13, chamado “Emergência médica”, equivale a um filme de terror. Só que é tudo verdade. Durante 40 dias, primeiro com câmeras escondidas, depois oficialmente, uma equipe de repórteres e cinegrafistas voltou aos mesmos hospitais e postos de saúde da família denunciados há quase três anos pela TV Globo, para ver o que mudara. Nada. Em Belém ou no entorno de Brasília, não importa, a calamidade na Saúde rima com crueldade.

Pacientes dividem a mesma maca, quando não estão no chão. Um médico de macacão atende pacientes coletivamente, como se estivéssemos em guerra. Em março de 2011, em Belém, uma menina, Ruth, morreu na frente da câmera dos jornalistas. Tinha vindo de uma ilha, com uma leishmaniose que virou pneumonia. Não resistiu à falta de estrutura dos hospitais. Médicos diziam que nada poderiam fazer, não havia material nem esperança. Os jornalistas voltaram agora à casa da família de Ruth. Os parentes nunca receberam indenização. Ninguém é culpado jamais.

Faltam roupas para operar no centro cirúrgico. Faltam leitos. Faltam médicos, anestesistas, enfermeiros. Falta salário. Faltam remédios. Falta vergonha.

Minha empregada, Lindinalva Souza, estimulada pelas campanhas do governo de prevenção de câncer nos seios, foi à Clínica da Família em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, pedir uma mamografia. Faz quatro meses. “Quando tiver uma vaga, a gente te chama”, disse a agente de saúde. “Por enquanto, só estamos atendendo diabéticos, hipertensos e grávidas.” Que resposta é essa?

E, assim, brasileiros e brasileiras anônimos somem para sempre no corredor da morte, ignorados pelos governos, que gastam nossos impostos com sei lá o quê.

Fonte: Época, 17/12/2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Maneira bem-humorada de criticar propagandas sexistas

Modelito calendário de oficina de mecânico mambembe precisa ser mudado
A grande reivindicação da última geração de feministas parece ser o direito de ser feia, direito que os homens sempre tiveram (sic). É fato que, educadas para serem objetos de uso masculino, as mulheres sempre tiveram a aparência supervalorizada, em detrimento de características muito mais relevantes de suas pessoas, criando muita ansiedade nas moças que tentam se encaixar em padrões de beleza irrealistas.

No entanto, acho um grande equívoco essa história de direito a ser feia. Substituir padrões de beleza por padrões de feiura é uma posição reativa e ressentida que não leva a nada. Em artes marciais, quando um adversário é mais poderoso do que você, se tenta derrotá-lo com raiva e de frente, você inevitavelmente perderá a contenda. Se quiser de fato derrotá-lo, tem que manter a calma e até o humor e usar a força do adversário contra ele. As mulheres têm mais é que capitalizar essa hipervalorização da aparência feminina a seu favor, sem se deixar escravizar por ela. Hoje em dia boa aparência é um abre-portas inclusive para os homens. O seu oposto, a feiura, o desleixo, fecham portas para muitas carreiras. Depois não adianta reclamar de sexismo quando não consegue emprego por aparecer em público como se estivesse em casa, sozinha e muito de folga.

O melhor a fazer é ridicularizar as propagandas de produtos e de beleza que apresentam as mulheres em imagens e posições absolutamente fora da realidade. Lembrando sempre, contudo, que modelos se submetem a certos papéis porque ganham muito dinheiro com isso. São os ossos do ofício, e só mesmo cada mulher individualmente pode avaliar a capacidade que tem de roer os muitos ossos que lhe aparecem pelo caminho.

Foi o que fez o gerente geral da concessionária Motocorsa, Arun Sharma, em Oregon, ao ser acusado de apelar na campanha de promoção da moto Ducati 1199 Panigale. Nas imagens da campanha promocional, a modelo Kylie Shea Lewallen aparece em posições contorcionistas e supostamente sensuais sobre e junto à moto. Aquele velho modelito de foto que costuma decorar lojas de mecânicos mambembes. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A destruição da Venezuela pelo socialismo bolivariano com ajuda do dinheiro dos brasileiros

Em comunicado à nação, Nicolás Maduro incita população a saquear supermercado
Enquanto Nicolás Maduro destrói a Venezuela com seu socialismo bolivariano (e, seja qual for o sobrenome que se dê ao socialismo, ele sempre é uma máquina de destruição), pede dinheiro aos cumpañeros petistas do governo Dilma para diminuir a crise de abastecimento de produtos básicos nos mercados venezuelanos.

Claro, não é a primeira vez que o chavismo conta com a inestimável ajuda petista. Outras ditaduras mundo afora, em particular as de Cuba e Angola, têm contado com a generosidade petista. E os supostos empréstimos que o governo dá a essas ditaduras são inclusive considerados secretos. Em outras palavras, nós pagamos a conta e nem sequer podemos saber no que exatamente o dinheiro foi empregado.

Abaixo editorial do Estadão, de 07/11, informando os detalhes de mais uma ajuda dos petistas ao amigo Maduro e quatro vídeos sobre o assunto. No primeiro, o deputado estadual do PSDB de Minas Gerais, João Leite, fala sobre a transferência de bilhões de reais dos cofres públicos, pelo governo Lula-Dilma, para Cuba e Angola. No segundo, o "presidente" da Venezuela, Nicolás Maduro induz a população a saquear uma rede de supermercados local e se registram imagens do saqueio (gerentes das cinco lojas da rede foram presos, e a empresa forçada a fazer uma espécie de “liquidação bolivariana”), uma amostra contundente da situação de degeneração pela qual passa o país sul-americano. Nos dois outros, saqueios pura e simplesmente.

Por essas e mais outras de igual quilate é que se percebe a urgência da retirada do PT do poder. Não se trata só o destino do Brasil que está em jogo. Trata-se do destino de outros povos também.

O socorro do Brasil a Maduro
O Estado de S.Paulo

O governo petista resolveu socorrer o regime chavista da Venezuela, que faz água por todos os lados. E, claro, essa generosidade correrá por conta do contribuinte brasileiro.

Sob ameaça de sofrer um duro revés nas eleições municipais de 8 de dezembro, vistas como uma espécie de referendo de seu desastroso governo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu ajuda ao Brasil para contornar a crise de desabastecimento no país, o mais sério dos inúmeros problemas de sua administração.

A intenção de Maduro é garantir o fornecimento de alimentos e outros produtos do varejo até a eleição. Como tudo o que tem pautado o tal "socialismo do século 21", esta será mais uma medida paliativa e desesperada, lançada apenas para mitigar por um breve período os efeitos permanentemente deletérios da insanidade econômica chavista.

O modelo estatista feroz, com preços controlados e hostilidade à produção privada, esvaziou as prateleiras dos supermercados venezuelanos. As imensas filas para comprar os mais diversos produtos de primeira necessidade - o papel higiênico é o símbolo desse calvário - tornaram-se a marca do governo Maduro.

Em vez de admitir os erros de sua administração e procurar resolvê-los de modo racional, o presidente venezuelano optou pelo caminho típico do chavismo: atribuiu a escassez à "sabotagem" de capitalistas e disse que agora trava uma "guerra econômica" contra esses "agentes do imperialismo". A "guerra" inclui impedir que a imprensa noticie o desabastecimento, porque, segundo sua versão tresloucada, é isso que leva pânico à população e gera corrida aos supermercados.

É em nome desse combate imaginário que Maduro pediu ao Congresso "poderes especiais" para governar - poderes cujo escopo, obviamente, deverá ir muito além da emergência econômica.

Para o governo petista, porém, Maduro e sua equipe sabem o que estão fazendo. "Eles têm consciência dos problemas em curto, médio e longo prazos no país e estão muito preocupados em enfrentar, de forma clara e estratégica, as dificuldades históricas da economia venezuelana", disse ao jornal Valor o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Ao considerar que a crise da Venezuela faz parte de "dificuldades históricas", Garcia quer fazer crer que a situação atual resulta de problemas antigos, estruturais, e não das evidentes lambanças chavistas. É provável que Garcia considere também que a importação emergencial de alimentos seja parte, conforme suas palavras, de um planejamento "claro e estratégico" para enfrentar a crise.

Esse "planejamento" conta com a bondade brasileira. Como faltam dólares na Venezuela para realizar a importação, graças ao controle do câmbio, o Brasil pretende usar o Programa de Financiamento às Exportações (Proex), do Banco do Brasil, num acordo com o Banco de Venezuela. Segundo essa solução, ainda a ser detalhada, o Banco de Venezuela receberia o dinheiro do financiamento e quitaria a importação diretamente aos fornecedores brasileiros, sem ter de passar pela Cadivi, o órgão venezuelano que regula o câmbio. O Banco de Venezuela pagaria o financiamento ao Banco do Brasil em suaves prestações.

Com tal garantia, a expectativa do governo é de que os empresários brasileiros superem a crescente desconfiança em relação à Venezuela - convidadas a incrementar as exportações àquele país nos últimos anos, seguindo a orientação da agenda Sul-Sul do governo petista, muitas empresas nacionais enfrentam agora grandes atrasos no pagamento. Como resultado, as exportações para a Venezuela no primeiro semestre do ano foram quase 16% inferiores às do mesmo período de 2012.

Em outras palavras, se as negociações prosperarem, o risco de calote dos importadores venezuelanos seria assumido pelo Banco do Brasil - em nome do compromisso ideológico do governo petista com o chavismo, com cujas agruras o contribuinte brasileiro não tem rigorosamente nada a ver.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Bill Gates prova a versatilidade do mercado investindo em carne de frango vegetal

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Enquanto esquerdistas culpam o "capitalismo" pela destruição ambiental ("esquecendo" que o capitalismo somos nós mesmos) e os conservadores consideram preocupações com a natureza e os animais coisa de ecochato e da esquerda caviar, Bill Gates, o bilionário da Microsoft, um dos ícones do empreendedorismo internacional, investe em empresa produtora de uma proteína vegetal absolutamente idêntica à carne de frango com a qual se pretende reduzir drasticamente o número de animais mortos para consumo humano. As “tiras de frango vegetal” da Beyond Meat já estão à venda em diversas partes dos Estados Unidos (confira aqui). E leia mais sobre o assunto no artigo abaixo.

Bill Gates e Biz Stone (co-fundador do Twitter) estão entre os investidores da “carne de frango vegetal”

Idêntica à carne de frango convencional no sabor e textura, porém, sem nada de origem animal, mais barata e mais saudável.

Segundo uma matéria publicada na Revista Fortune (leia aqui, em inglês), o bilionário Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft, é um dos entusiasmados investidores da empresa vegana “Beyond Meat” (Além da Carne). Com sede na Califórnia, nos Estados Unidos, a empresa criou uma proteína vegetal absolutamente idêntica à carne de frango e pretende com isso reduzir drasticamente o número de animais mortos para consumo humano.

Fundada pelo vegano Ethan Brown, a “Beyond Meat” surpreendeu Gates, que não é declaradamente vegano mas admite que este é o futuro da alimentação humana. Em seu site, Bill Gates não poupou elogios à empresa de Ethan e disse que simplesmente não conseguiu perceber a diferença entre a carne de frango real e a que foi produzida pela “Beyond Meat” (leia aqui, em inglês). Desde então, Gates investe uma quantia não revelada para que a empresa cresça ainda mais.

Outro entusiasta da “Beyond Meat” é o vegano e co-fundador da rede social Twitter Biz Stone. Diferente de Gates, Stone é declaradamente vegano e faz questão de ajudar santuários como o “Farm Sanctuary” (Fazenda Santuário), a quem atribui seu primeiro passo dentro do veganismo. Segundo ele, o trabalho de dezenas de voluntários resgatando animais que iriam para o matadouro e cuidando deles o sensibilizou. Hoje, ele e sua família são veganos.

As “tiras de frango vegetal” da “Beyond Meat” já estão à venda em diversas partes dos Estados Unidos, confira o site da empresa, clique aqui.

A “Beyond Meat” ainda não é mais barata que a carne de frango, mas, segundo Ethan, será em breve. Quando o produto for idêntico, mais barato e mais saudável, as pessoas provavelmente optarão por ele, fazendo com que as indústrias deixem de criar frangos para o abate.

Fonte: Vista-se, 04/10/2013

sexta-feira, 28 de junho de 2013

V de Veja bem: não foi reforma política que a população reivindicou


Com síndrome de Queda da Bastilha, suas excrescências parlamentares e o governo federal e seus 40 ministérios saíram a toque de caixa aprovando ou derrubando péques e projetos de lei para apaziguar a massa. Entre eles,  a aprovação da definição do crime de corrupção como hediondo, embora simbolicamente importante, na prática não passa de demagogia segundo a definição precisa do filósofo Roberto Romano (ver abaixo). Sem o devido aprimoramento das formas de investigação e punição dos corruptos, a nova lei não vai dar em nada. Pura enrolação.

Pior é a manobra do governo Dilma para emplacar uma tal de reforma política, também na correria, com aval de um plebiscito. A reforma política é pauta antiga do PT que oportunisticamente tenta passá-la agora para fingir que está respondendo ao clamor das ruas. Reforma política é assunto sério que demanda longos debates e muita calma para sua elaboração. E a população pediu melhores serviços públicos e combate à corrupção, não reforma política a jato, o que pode ser obtido diminuindo o tamanho do Estado, como, aliás, acaba de fazer o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (Folha de S.Paulo - Poder - Alckmin vai extinguir secretaria para cobrir tarifa do transporte - 28/06/2013). 

Tornar a corrupção crime hediondo é "demagogia atroz", diz filósofo Roberto Romano

Guilherme Balza

A aprovação no Senado do projeto de lei que torna a corrupção crime hediondo, conforme pedido pela presidente Dilma Rousseff após a onda de manifestações que se espalhou pelo país, é uma medida de "demagogia atroz", na opinião do filósofo Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

"Tornar a corrupção crime hediondo é de uma demagogia atroz. Não foram modificados os procedimentos para a punição [dos corruptos]", diz. Para Romano, a medida não irá funcionar porque os representantes no Legislativo e Executivo continuam a ter foro privilegiado. "Ou seja, pouco importa se é hediondo ou não. Não haverá punição. Tornar um crime hediondo sempre foi uma tática para aplacar multidões ressentidas."

O filósofo diz que as manifestações deixaram claro que a população não dá legitimidade aos que ocupam cargos políticos. "Nós últimos dois anos eles [os políticos] se esmeraram em adotar atitudes arrogantes, que desafiaram a população". Como exemplo, Romano cita tentativas de se afrouxar a lei da Ficha Limpa e a Lei de Improbidade Administrativa, além da tentativa de aprovar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37, arquivada nesta semana pela Câmara.


Populismo?

O professor diz que a derrubada da PEC na Câmara, a aprovação de 75% royalties para a educação e 25% para a saúde na mesma Casa e do projeto que torna corrupção crime hediondo no Senado, bem como os cinco pactos anunciados por Dilma na segunda-feira (23), não podem ser reduzidos a medidas populistas, mas são uma tentativa de se reconquistar a legitimidade do Legislativo e do Executivo.

"O populismo integra a política municipal, estadual e federal no Brasil desde 1945. Temeria chamar de populismo essas medidas do Congresso e da Presidência da República. São tentativas bastante toscas de se recuperar o mínimo de legitimidade dessas instituições perante à população", afirma Romano.

Para o filósofo, a atuação do Congresso e do Executivo daqui para frente dependerá, em grande parte, dos rumos das mobilizações que se alastraram pelo país. "O que vamos experimentar é se essas direções de movimentos têm condições de amadurecer do ponto de vista prático e organizacional e fazer uma agenda menos difusa, com tantos temas."

Disputa pela hegemonia

Romano acredita que as manifestações devem arrefecer nas próximas semanas, mas podem criar uma cultura de protesto, em especial pela juventude. O filósofo crê ainda que haverá uma disputa pela hegemonia das mobilizações, que determinará os sentidos e pautas dos protestos. 

"Em movimento político e de massas, a partir do momento em que passa ser significativo, começa a haver uma disputa pela hegemonia, pelas palavras de ordem. Uma vez estabelecida essa hegemonia, é natural que determinadas reivindicações surjam como prioritárias", afirma.

Além da mobilidade urbana, o filósofo aponta a violência policial e os gastos com a Copa do Mundo como questões que devem ganhar força nos protestos.

Fonte: Do UOL, 28/06/2013

sábado, 22 de junho de 2013

Expulsos das manifestações, petistas e o mensaleiro Dirceu inventam suposto golpe de direita

O condenado Dirceu dando declarações
 como celebridade (Ed Ferreira/AE)
O tal Movimento Passe Livre é uma organização com pauta daquela velha esquerda que quer superar o capitalismo sem ter a mínima ideia do que colocar no lugar dele. Acatando pedido do PT, com o qual sempre teve ligação, decidiu encerrar sua participação nas manifestações de rua por ter perdido o controle da massa e por esta ter hostilizado os militantes petistas e outros do gênero de "esquerda".

Não poder cooPTar e aparelhar movimentos sociais é simplesmente a morte para o PT. Desde ontem, rejeitado, o partido passou a exercitar seu esporte preferido: demonizar, como de direita, tudo aquilo que se lhe opõe. Assim, nas redes sociais, surgiu a teoria da conspiração de que as manifestações foram tomadas pela "direita" pois a bandeira da corrupção, tema particularmente sensível aos petistas e em particular a Dirceu, ganhou destaque nas marchas. Desde ontem então ficamos sabendo que cantar o hino nacional, vestir-se de branco, pedir paz e querer acabar com a impunidade de corruptos como Dirceu virou coisa de fascista. Nunca vi um fascista vestido de branco ou verde-amarelo. Alguém já viu? Nem sabia que havia tantos fascistas no Brasil (hehehe).

O cinismo e a canalhice desses petistas e dessa máfia esquerdista em geral é um negócio de louco. O velho espantalho da "direita" agora é novamente erguido para tentar desmoralizar as manifestações, na base da teoria de um suposto golpe, porque o petismo saiu bem mal na fita dos protestos. A verdade é que a intenção do tal MPL, por trás da reivindicação da redução de tarifa, era bem outra, mas a população estragou a festa revolucionária e resolveu levantar suas bandeiras próprias. Agora, é preciso desqualificar essas manifestações antes que elas façam justiça. Saquem só a fala do bandido!

Minoria quer 'desestabilizar democracia', diz Dirceu sobre protestos
Segundo o ex-ministro, há uma narrativa para tentar levar as manifestações para a oposição contra o governo

BRASÍLIA - Condenado no julgamento do processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ano passado, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou nesta sexta-feira, 21, em nota publicada no seu blog pessoal, que uma minoria se uniu à violência de grupos nas manifestações desta quinta-feira numa tentativa de "desestabilizar a democracia".

No texto publicado em seu blog, Dirceu também cobra a União para mudar e  aprofundar reformas. 
Para Dirceu, a maior parte dos manifestantes faz reivindicações "por melhorias na saúde e educação, contra as tarifas e o péssimo transporte e os gastos nas Copas das Confederações e do Mundo". "Mas há uma tentativa de setores políticos e sociais de tomar conta de alguns atos, deixando num segundo plano essas reivindicações majoritárias", escreveu.

O ex-ministro disse que o movimento conta com "amplo apoio da mídia", que inicialmente havia, na opinião dele, classificado os protestos como baderna e exigira repressão. Dirceu afirmou que "esses setores" procuram mobilizar abertamente sua "base social de oposição para ir às ruas". Ele destacou que se está explorando as palavras de ordem contra a corrupção, partidos políticos e a PEC 307, proposta de emenda à Constituição que limita poderes de investigação do Ministério Público de forma a dar continuidade "a uma agenda que a mídia alimentou esses últimos anos contra a política em geral, o que sempre acaba em ditadura".

José Dirceu afirmou que há uma tentativa de cooptar a juventude que iniciou os protestos para esse rumo. "Constrói, ao mesmo tempo, uma narrativa para tentar levar as manifestações para a oposição contra o governo. Isso não tira a legitimidade e o direito dos manifestantes opositores ao governo, mas a atual onda de violência não é vandalismo apenas. São atos políticos contra símbolos do poder constituído, contra a democracia, já que os saques são exceção", disse.

O ex-ministro cobrou a União para mudar e aprofundar "as reformas que fizemos". "Sendo assim, é hora de o poder constituído ser exercido em defesa da democracia e das instituições". "Vamos nos unir na defesa do que fizemos, e seguir mudando e aprofundando as reformas que iniciamos, começando pela reformas política e tributária. Elas são indispensáveis para avançar nas mudanças sociais reclamadas com razão pela juventude, nos transportes, na educação e na saúde", concluiu.

Fonte: Estadão, 21 de junho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tarifa zero aumentaria IPTU. Passe livre é roubada!

Como se não bastassem todos os impostos que já pagamos, querem aumentar ainda mais a carga tributária ou dobrando o IPTU ou onerando os proprietários de carros. Cortar os gastos do Estado mastodôntico petista nem pensar.

Abaixo texto sobre o aumento do IPTU e vídeo dos libertários mostrando porque esse papo de passe livre é roubada! Ao fim da postagem, link para o outro texto que fala da possível oneração dos proprietários de veículos para livrar a cara do governo safado que temos.

Tarifa zero exigiria dobrar arrecadação obtida com IPTU


Ana Estela de Souza Pinto

Se os usuários de transporte público deixarem de pagar passagens, como pede o Movimento Passe Livre, esse dinheiro terá que vir dos cofres da cidade. Há duas formas de obtê-lo: cortando custos em outros setores ou aumentando impostos.

Quando a Prefeitura de São Paulo propôs a extinção da tarifa de transporte público em 1990 (na gestão Luiza Erundina, então do PT), a previsão era que o dinheiro sairia do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), cobrado de quase 2 milhões de proprietários de imóveis na cidade.

Essa é a fonte mais óbvia para os recursos, porque atinge de forma uniforme quem mora ou tem uma empresa na capital.

As outras formas de arrecadação da prefeitura são direcionadas a parcelas específicas da população, como o ISS (cobrado de quem presta serviços) ou taxas de fiscalização.

Mas, para compensar o fim da tarifa, seria preciso praticamente dobrar o valor do IPTU, ou seja, passar dos pouco mais de R$ 5 bilhões arrecadados em 2012 para algo como R$ 9,7 bilhões (mais 92%).

Esse acréscimo, da ordem de R$ 4,62 bilhões, é quanto se arrecadou no ano passado com as tarifas do transporte público --o sistema consumiu R$ 5,69 bilhões, mas pouco mais de R$ 1 bilhão foi pago diretamente às empresas pela prefeitura, o chamado subsídio.

Quem paga hoje R$ 1.000 por ano de IPTU, por exemplo, passaria a pagar R$ 1.920.

O aumento não atingiria diretamente moradores mais pobres, hoje isentos desse tributo --é o caso, por exemplo, de quem tem imóvel com valor venal de até R$ 73.850 ou pensionistas e aposentados do INSS beneficiados pela isenção.

Indiretamente, no entanto, a conta pode acabar sendo repartida por todos, pois empresas instaladas no município teriam seus custos aumentados e tenderiam a repassá-los para seus preços.

Fonte: FSP, 18/06/2013

Usuário de carro deve financiar os ônibus, defende secretário de Haddad

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Guia de Ouvidorias: consumidor exigente, cidadão consciente

Vivo brigando por meus direitos de consumidora e tenho conseguido, em geral, obter sucesso nessa empreitada nem sempre fácil. 

A relação saudável entre produtores e consumidores de produtos e serviços deve ser de troca ética, igualitária. Em nosso país, contudo, muitas vezes vemos as empresas avançarem sobre os direitos do consumidor com suas promoções fajutas, seus cartões de crédito sendo enviados sem autorização do cliente, produtos adulterados e até quebrados. 

Como nem sempre reclamar nos SAC adianta (geralmente o atendimento é ruim), é bom conhecer outra alternativa de luta por nossos direitos. Para tal, reproduzo abaixo texto do Guia de Ouvidorias, com o link para o texto na íntegra ao final. Como diz o subtítulo do trabalho, consumidor exigente, cidadão consciente.

Ouvidoria no Brasil

A ouvidoria no Brasil foi inspirada no modelo de ombudsman da Suécia, criado há mais de 200 anos, e se fortaleceu com a constituição de 1988, que estabeleceu níveis democráticos de participação do cidadão. 

Pautado em princípios de cidadania, e com a criação do CDC (Código de Defesa do Consumidor) em 1990, foi possível criar um embrião daquilo que seria o modelo de ouvidoria no Brasil, apoiado nas demandas de consumidores e usuários de produtos e serviços e se tornando a base do atendimento prestado pelas ouvidorias no País.

A primeira ouvidoria pública brasileira foi a de Curitiba, no Paraná, criada em 1986. Cinco anos depois, o Estado do Paraná instituiu seu primeiro ouvidor-geral e, em 1992, o Ministério da Justiça criou a primeira ouvidoria pública federal, chamada de Ouvidoria Geral da República.

A implementação do CDC acarretou a necessidade de a iniciativa privada efetuar mudanças para adaptar-se ao novo cenário. A criação de ouvidorias constituiu uma das medidas que foram adotadas e, hoje, são mais de 300 ouvidorias instituídas em empresas e organizações brasileiras. Em alguns segmentos, como o de seguros e o financeiro, seu serviço é regulamentado.

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