sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Branca de Neve não come mais as maçãs envenenadas dos manés Pondés

Sócrates não era politicamente incorreto
No final de semana, terminei de ler o tal Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, do Luiz Felipe Pondé, e me senti lesada. Primeiro, metade das páginas do livro (literalmente) está em preto, com alguns desenhos ou sem nada. Depois, a outra metade escrita, com raras exceções, é um amontoado de falácias, generalizações, mofados clichês machistas, exemplos de ignorância pura e simples, entre outras pérolas, tudo isso alinhavado para referendar a tese desse loser conservador de que a natureza humana é uma merda, o ser humano é uma merda, a vida é uma merda e quem nega essa "realidade" é  mentiroso, hipócrita e mau-caráter. Inclusive atente-se para o detalhe de que, ao xingar, de antemão, os possíveis contestadores de sua visão de mundo (uma espécie de falácia ad hominem a priori), Pondé visa intimidar a consciência crítica do leitor a fim de tentar evitar o reconhecimento de sua embromação intelectual. O menininho da fábula diria: "O rei está nu!"  Se o politicamente correto é chato e vigarista, Pondé não fica atrás.

Por coincidência, na segunda-feira, lendo minha página inicial do facebook, estava lá alguém comentando um artigo do dito na FSP, chamado Branca de Neve Azeda, na mesma linha dos maravilhosos textos do tal guia. Fiz um comentário genérico sobre o artigo, mas alguém insinuou que eu estava passando ao largo do texto em si e só criticando o autor. Comecei a dar uma resposta, mas o comentário foi ficando longo demais e acabou virando esta postagem.

Na verdade, primeiro, fica difícil esmiuçar o artigo do Pondé porque ele não dá referências de suas afirmativas, com exceção do tal "opression studies" que teria sido cunhado pelo cara da Fox News (ver o texto ao fim da postagem).

"'Oppression studies' é uma expressão usada pelo jornalista americano Billy O'Reilly, da Fox News, para se referir às "ciências humanas engajadas no controle das mentes".

Aqui, já temos um problema porque o termo parece ser de fato de autoria de um professor do departamento de História da Universidade da Pensilvânia, chamado Alan Kors. Depois, Pondé parte para um monte de generalizações (como de costume), misturando alhos com bugalhos e culminando por dizer que o pessoal do "opression studies" quer impedir propagandas que apresentem "homens como sendo homens e mulheres sendo mulheres" e que seria também responsável pela versão atual da Branca de Neve onde a dita não termina com um homem, o que resultaria numa velhice solitária e azeda porque mulheres sem homem - esse artigo de "primeira" necessidade - acabam inevitavelmente nesse estado.

Embora diga que os "oppression studies", via um comitê de gênero, desses países  em que o "mundo é perfeito" (e se são de países como poucos?), sonham em fazer leis, depois indaga por que razão esses "cem car@s (não são muito mais do que isso)" "querem se meter na vida, na família e na escola dos outros, com o direito de dizer o  que meus filhos ou os seus devem ver na TV?" Quem é o tal comitê de gênero, de onde é, de onde Pondé tirou essa informação? Onde está a referência que demonstra a ligação dos "opression studies" com a versão da Branca de Neve da Kristen Stewart? No próprio corpo do artigo, pode-se colocar referências que respaldem o que dizemos, né mesmo? Será que ele dá aulas de filosofia (ai, ai!) sem indicar bibliografia?

E quando ele se mete a exemplificar como seria a tal propaganda que visa impedir a apresentação de "homens como sendo homens e mulheres sendo mulheres", manda os leitores imaginarem que seria, como querem os "opression studies", o comercial de uma família não heterossexual para que os não heterossexuais não se sentissem oprimidos. Também não se sabe de onde ele tirou mais essa, porém fica difícil imaginar que agências de propaganda, considerando ser a maioria das famílias heterossexual, fossem deixar de tentar vender produtos para elas, em detrimento dos lucros dos anunciantes e delas próprias, para agradar aos especialistas dos "oppression studies".

Politicamente correto versus Politicamente incorreto

O politicamente correto é uma traição às raízes libertárias dos movimentos sociais.

A verdade é que as pessoas parecem estar com a paciência tão esgotada, ou com o saco tão cheio (para agradar gregas e troianos), das extrapolações do politicamente correto que estão engolindo acriticamente a falação de qualquer um que as questione mesmo de maneira suspeita. Pondé é um dos que está capitalizando em cima desse saco cheio, como se observa no artigo citado quando enumera as várias situações em que alguém pode ser rotulado de opressor pelo politicamente correto, situações  que vão do delito de andar de carro a não concordar com o sistema de cotas raciais.

De fato, o politicamente correto é uma degeneração das justas lutas de amplos setores da população (de fato a maioria da população, considerando apenas mulheres, negros e homossexuais) por igualdade de direitos e inclusão social. Nas últimas quatro décadas, uma parte do ativismo estendeu o conceito de opressão de tal forma que acabou tornando-o uma espécie de patrulhamento da sociedade, de falas, piadas, anúncios comerciais, obras literárias e até dicionários por supostamente ofender grupos historicamente discriminados. Um dos exemplos mais absurdos do PC é a tentativa de retirar, dos dicionários, contrariando a função dos mesmos, as acepções pejorativas de certos vocábulos por serem "ofensivos" a negros, ciganos, mulheres, etc.. Não custa repetir que dicionários são meros inventários das palavras usadas por uma determinada comunidade linguística.

O politicamente correto tem dois erros fundamentais. Primeiro, renaturaliza os coletivos e as dicotomias, criados pela sociedade conservadora, além da necessidade de se assumir um sujeito político a partir do qual reivindicar direitos. Só que agora divide a sociedade esquematicamente em oprimidos e opressores, ofendidos e ofensores, como se houvesse algum ser humano sem preconceitos. Conquistados os direitos básicos de cidadania, deveria-se partir para a desconstrução dos coletivos que aprisionam as pessoas as mais distintas em currais específicos,  buscando criar um mundo onde todos sejam de fato julgados como indivíduos - por que isso é o que corresponde à realidade - e não por sua cor de pele, seu sexo ou orientação sexual. O PC vai na direção oposta.

Segundo erro, ao reduzir grupos discriminados à categoria de meras vítimas a serem protegidas pelo Estado, o PC ironicamente os desempodera. Atribuir todos os problemas dos indivíduos somente a condições sociais adversas é irresponsabilizar as pessoas pelos rumos da própria vida. De fato, o politicamente correto é uma traição às raízes libertárias dos movimentos sociais.

O Politicamente incorreto (PI) vem se transformando apenas no reduto dos conformistas e reacionários

Então, razões para se questionar o politicamente correto não faltam, mas é preciso sempre levar em consideração a consistência dos questionamentos apresentados e a partir de que lugar eles provêm para não se comprar gato por lebre. O politicamente incorreto, a princípio uma aparente reação saudável aos exageros e desmandos do politicamente correto,  vem cada vez mais se revelando apenas o reduto dos conformistas e reacionários ressentidos com as mudanças sociais que escaparam de seu controle.

Capitalizando o saco cheio das pessoas pelas extrapolações do PC, gente como Pondé e outros do gênero vêm tentando revitalizar ideias de uns 60 anos atrás. Se o PC reduz toda a trajetória dos indivíduos às condições sociais adversas que enfrentam (então, fulano é bandido apenas porque vítima da pobreza), o PI quer negar que as condições sociais e culturais tenham papel importante na vida das pessoas, como se vivêssemos num vácuo social, bastando aos indivíduos força de vontade para superar os obstáculos que a sociedade lhes interpõe. O politicamente correto não mente quando aponta o papel da cultura em nossas vidas. O problema é a "solução" que ele dá para essa realidade.

Então a historinha das "imagens de mulher sendo mulher e homem sendo homem", como fala Pondé no citado artigo, só existem ideologicamente. Pondé de fato se refere às imagens tradicionais de homens e mulheres, mas esconde o "tradicionais" porque quer renaturalizar essas imagens, reafirmar os papéis tradicionais de homem e mulher.

Entretanto, ninguém com honestidade moral e intelectual pode afirmar categoricamente no que, em termos de comportamento, as diferenças anatômico-fisiológicas entre homens e mulheres implicam de fato.  Nem sequer as diferenças de conformação física podemos dizer que são simplesmente naturais porque até há muito pouco tempo as mulheres eram restritas ao lar e tinham seus movimentos também restritos por todo o tipo de cerceamento físico, desde os espartilhos até o enfaixamento dos pés das chinesas que as impedia de andar. 

Ainda, até o início do século XX, as mulheres eram proibidas de fazer esportes, para não ficarem masculinizadas. E todo mundo sabe muito bem que o que não se usa atrofia. Livres das restrições de outrora, hoje as mulheres exibem corpos com músculos monumentais, como os das fisiculturistas, corpos bombados, como as das periguetes da vida, e corpos malhados como, aliás, até se exige atualmente como padrão feminino de beleza. Mulheres a la Botero estão fora de moda.

Pondé parece a Carolina da música do Chico: o tempo passou na janela, e só ele não viu.  

Então, ser homem e mulher hoje é diferente de um século atrás, o que demonstra a preponderância da cultura na conformação da vida dos indivíduos e das sociedades humanas. Mas Pondé não se conforma. Parece a Carolina da música do Chico: o tempo passou na janela, e só Carolina não viu.  Ele se ressente do novo papel da mulher, que não tem mais o homem como centro de sua vida, e apela para os mais surrados clichês machistas, repetidos ad nauseam na maior parte de seus artigos, para tentar reconduzí-la ao seu devido lugar (de objeto e serviçal). Até a versão cinematográfica atual da Branca de Neve, com a insossa da Kristen Stewart (o que salva o filme para mim é a Charlize Teron de Rainha Má) entra na dança desse conservador angustiado com a obsolência de homens como ele:

"A coitada tem que terminar sozinha para sustentar sua posição de rainha "empoderada", apesar de amar o caçador (passo essencial para libertar nossa heroína da opressão de amar alguém da nobreza, o que seria ainda mais opressor).


Os "oppression studies", na sua face feminista, revelam aqui o ridículo de sua intenção: fazer de toda mulher uma mulher sem homem porque ela mesma é o homem. Todo mundo sabe que isto é a prova mais banal da chamada inveja do falo da qual falam os freudianos. Fizeram da pobre Branca de Neve uma futura rainha velha e sem homem. Ficará azeda como todas que envelhecem assim."

Vejam lá se o roteirista e o diretor do filme, dois homens, ressaltemos, estão lá sabendo dos "oppression studies" (como perguntei no começo da postagem, onde está a ligação entre eles?) e fizeram, para se adequar aos ditos,  a Branca de Neve da Kristen Stewart como uma futura rainha velha e sem homem (como se "homem" fosse um valor em si mesmo). Ao contrário de Pondé, os criadores do filme estão no século XXI e quiseram simplesmente apresentar uma versão da fábula adequada aos dias de hoje, para as jovens de hoje, que não são mais certinhas e boboquinhas, que querem ser protagonistas e não coadjuvantes e que, portanto, têm objetivos muito mais variados e interessantes do que arrumar homem. Felizmente, aliás. Suas mães (algumas ainda), avós e bisavós eram obrigadas a arrumar um homem para sustentá-las, pois não podiam se autossustentar e, geralmente, depois do casório, descobriam que o príncipe encantado era um sapo dado a bater nelas. E sozinhas e azedas ficavam exatamente por terem feito suas vidas girarem em torno de um homem, sem outro tipo de realização pessoal, e acabarem trocadas, depois de velhas, por outra de vinte anos, restando-lhes a humilhação de um casamento de fachada (tendo que engolir a outra) ou o abandono simplesmente  Quem não conhece inúmeras histórias assim? Até hoje acontecem.

Pondé é um fóssil do qual um cientista "cons" tirou o DNA para trazer dinossauros de volta à vida e exibir num parque, mas falhou na segurança do lugar. Então alguns espécimes escaparam para a civilização e acham que podem voltar a dominar o planeta e recompor os tempos do Jurássico e Cretáceo.  Não está obviamente preocupado com a solidão feminina que supostamente só seria sanada por um homem. Dá até vergonha alheia de escutar esse tipo de coisa em 2012. Está preocupado é em condenar a independência feminina que vem deixando na solidão os manés como ele que sentem saudades dos tempos da Amélia e querem ressuscitá-la a qualquer preço. E olhe que, apesar de tantas mudanças, ainda não se conseguiu que os vagaus  dividam sequer o serviço doméstico, sobrecarregando as mulheres que, além da carreira, ainda bancam as empregadas de marmanjos caras-de-pau. Também porque elas aceitam, né?

Entretanto, realmente, hoje mulheres não precisam de homens para nada pois podem sobreviver sem eles. Se querem ter filhos, podem se valer de uma ficada ou de um banco de esperma. Para algumas mulheres, homens não servem sequer para momentos de lazer (sei que me entendem). E os homens que pensam com a cabeça que têm cérebro deveriam é agradecer ao feminismo por essas mulheres independentes, pois assim podem ter certeza de que, quando as mulheres decidem criar uma família com eles, é porque de fato os amam e não porque não tem outra escolha senão aturá-los. O machismo empobrece às relações humanas. É uma doença de manés, de pondés.

Para além dos PC e  PI 

Concluindo, a crítica aos excessos do politicamente correto é necessária e saudável, mas não pode ser usada para tentar jogar fora o bebê junto com a água suja da bacia. Os politicamente incorretos estão negando a importância história, social e política dos movimentos sociais por causa dos desmandos de uma corrente que se encontra em evidência há apenas uns 40 e poucos anos, o que historicamente não é nada. Falando só do feminismo, mais corretamente dos feminismos, eles estão aí desde a Revolução Francesa (1789-1799), quando as primeiras mulheres começaram a reivindicar igualdade de direitos com os homens. São mais de dois séculos. Muita água rolou embaixo dessa ponte, água que não pode ser reduzida àquela lenga-lenga conservadora que credita a origem dos movimentos sociais a um - mais mítico do que real - "marxismo cultural" da Escola de Frankfurt. 

Então, de fato, considerando a crítica anistórica e as generalizações, os PI criticam o movimento LGBT, a quem chamam escrotamente de gayzista, não por seus erros mas porque são contrários a igualdade das pessoas homossexuais com as heterossexuais. Criticam o movimento ambientalista, a quem chamam de ecochato, não por seus excessos mas sim porque são antropocêntricos e acham que a natureza está aí para nos servir. Criticam o movimento feminista, a quem chamam escrotamente de feminazista, não por seus exageros mas sim porque querem as mulheres de volta à submissão do papel feminino tradicional, onde, só mesmo na cabeça dos machões, elas encontrariam a felicidade.

O mané do Pondé diz isso de forma mais oblíqua, porque posa de muderninho (para disfarçar as ideias da idade da pedra), porém há outros mais explícitos: eles querem "mulheres submissas, tradicionais, recatadas, reservadas, voltadas para a família, femininas, conservadoras (tirado de um blog chamado esquerdopatia). Eles querem a Amélia de volta, minha gente! Melhor esperarem sentados para não cansar!

Felizmente as Brancas de Neve de hoje não aceitam mais maças envenenadas de ninguém nem ficam esperando que príncipes venham salvá-las. Quem espera nunca alcança. Vão à luta sozinhas ou só bem acompanhadas.

P.S. Reproduzo também trecho de texto do filósofo Paulo Ghiraldelli Jr sobre o tema do politicamente correto/incorreto (de seu blog tirei igualmente a charge do Sócrates que ilustra esta postagem): "Espero que essa modinha conservadora anti-liberal e anti-direitos, que está melando tudo com essa conversa defasada sobre o “politicamente correto”, passe de vez. Pois ela está beirando justamente aquilo que denuncia: a falta de inteligência. Do modo que está, atingindo até Sócrates, passou da conta." (leia todo o artigo)




Branca de Neve Azeda

por  Mané Pondé

Fazer a cabeça das crianças sempre foi um dos pratos prediletos do fascismo. Agora, nem a Branca de Neve escapa, coitada, do ódio dos fascistas. O conjunto de "estudos" que se dedica a fazer a cabeça das crianças é parte do que podemos chamar de "oppression studies".

Você não sabe o que é?

"Oppression studies" é uma expressão usada pelo jornalista americano Billy O'Reilly, da Fox News, para se referir às "ciências humanas engajadas no controle das mentes". Explico.

Reprovou um aluno? Opressão. É preguiçoso? Não, a sociedade te oprimiu e fez você ficar assim. Um ladrão te assaltou? Ele é o oprimido, você o opressor. Aliás, sobre isso, vale dizer que, com a violência em São Paulo, devemos reescrever a famosa frase do Che: "Hay que enfiar la faca en la cavera, pero sin perder la ternura jamás".

A frase dele, assinatura de camisetas revolucionárias, é: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás". Essa camiseta é a verdadeira arma contra gente como ele. Os americanos deveriam afogar o Irã em Coca-Colas, Big Macs e pílulas anticoncepcionais para as iranianas transarem adoidado com seus amantes.

Convidou uma colega de trabalho para jantar? Opressão! Você é um opressor por excelência, deveria ter vergonha disso. Não é um amante espiritual do Obama? Opressor! Come picanha? Opressor! Não acha que a África é pobre por culpa sua? Opressor! Suspeita de que o sistema de cotas vai destruir a universidade pública criando um novo espaço de corrupção via reserva tribal de mercado e compra de diplomas de escolas públicas? Se você suspeita disso, é um opressor! Acha que uma pessoa deve ser julgada pelos seus méritos e não pelo que o tataravô do vizinho fez? Opressor! Anda de carro? Opressor! Ganhou dinheiro porque trabalha mais do que os outros? Opressor!

Os "oppression studies" sonham em fazer leis. Por exemplo, recentemente, um comitê de gênero (isto é, o povo que diz que sexo não existe e que tudo é uma "construção social", claro, opressora) desses países em que o "mundo é perfeito" teve uma nova ideia.

Esses caras (ou seriam car@s?) querem proibir qualquer propaganda ou programação infantil que reproduza imagens de mulher sendo mulher e homem sendo homem. Não entendeu? É meio confuso mesmo. Vamos lá.

Imagine uma propaganda na qual existe uma família. Segundo os especialistas em "oppression studies", para a marca não ser opressora, a família não pode ser heterossexual, porque se assim o for, o "espelho social" (a imagem que a mídia reproduz de algo) fará os não heterossexuais se sentirem oprimidos.

O problema aqui não é que as pessoas devem ser isso ou aquilo (melhor esclarecer, se não eu viro objeto de estudo dos "oppression studies"), mas sim por qual razão esses cem car@s (não são muito mais do que isso), que não têm o que fazer na vida a não ser se meter na vida, na família e na escola dos outros, têm o direito de dizer o que meus filhos ou os seus devem ver na TV? Até quando vamos aturar essa invasão da vida alheia em nome dos "oppression studies"?

Contos de fadas como Branca de Neve, Cinderela e Gata Borralheira são grandes objetos de atenção dos "oppression studies". Claro, as três são oprimidas, por isso gostam dos príncipes. Se fossem livres, a Branca de Neve pegaria a Cinderela. Humm... não seria uma má ideia....

Veja o lixo que ficou a releitura da Branca de Neve no filme que tem a atriz da série "Crepúsculo", a bela Kristen Stewart, como a Branca de Neve. Coitada...

A coitada tem que terminar sozinha para sustentar sua posição de rainha "empoderada", apesar de amar o caçador (passo essencial para libertar nossa heroína da opressão de amar alguém da nobreza, o que seria ainda mais opressor).

Os "oppression studies", na sua face feminista, revelam aqui o ridículo de sua intenção: fazer de toda mulher uma mulher sem homem porque ela mesma é o homem. Todo mundo sabe que isto é a prova mais banal da chamada inveja do falo da qual falam os freudianos. Fizeram da pobre Branca de Neve uma futura rainha velha e sem homem. Ficará azeda como todas que envelhecem assim.

1 comentários:

Tem toda a razão. Esse Pondé é o maior mané kkkkk òtimo texto!

Postar um comentário

Compartilhe

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites