terça-feira, 11 de setembro de 2012

Petismo, neobolchevismo neofascista





















Toda vez que se fala do nazifascismo em comparação ao comuno-socialismo, a dupla, na verdade a trinca, é colocada como ocupando extremos opostos: o nazifascismo, como extrema-direita, e o comuno-socialismo, como extrema-esquerda.

Essa divisão, contudo, corresponde mais às necessidades da esquerda autoritária de desviar a atenção da sociedade, sobretudo do pós II Guerra, da consanguinidade entre os três monstrinhos, do que da realidade propriamente dita. Os três beberam, entre outras, de uma fonte comum, o marxismo, e se diferenciaram, sobretudo no enfoque econômico. No mais, pregavam um estado absoluto, antiliberal, em termos sócio-políticos e econômicos, onde o hábito de matar gente a torto e a direito era rotina. 

Como o nazifascismo combateu o comunismo, porque três bicudos não se bicam mesmo, ficou mais fácil colocá-los como antípodas, mas, de fato, tinham muito mais em comum do que sonham as vãs filosofias. Nesse sentido, vale lembrar que Mussolini começou sua carreira política no partido socialista italiano e socialista permaneceu por muitos anos. Por sua vez, nazismo era a corruptela, em alemão, para nacional-socialismo, ideologia que também pregava uma espécie de semi-coletivização de terras, empresas semi-privadas e uma economia no geral sob a tutela do Estado. De qualquer forma, as controversas semelhanças e diferenças entre os três monstrengos totalitários são muito areia para o caminhãozinho desta postagem, então fico por aqui. Só as abordei como um gancho para o tema deste texto.

Como sabem, dos três protagonistas desses modelos autoritários, o primeiro a dançar foi seu Mussolini, que, em 28 de abril de 1945, acabou pendurado, com a amante, de cabeça para baixo, em praça pública. Mas suas ideias decididamente parecem ter feito escola tanto que hoje o mundo vive às voltas com o chamado capitalismo de estado, na verdade um neofascismo. E uma parte da dita esquerda, aquela mesma que enche a boca para xingar de fascista todo o mundo que dela discorda, é exatamente quem vem se apropriando do modelo do velho Duce.

Na frase da imagem, Mussolini afirma que "O fascismo deveria ser mais apropriadamente chamado de corporativismo, pois trata-se de uma fusão do poder do estado e o poder das grandes empresas." Não muitos repararam nessa situação e deram o correto nome aos bois, mas, de vez em quando, alguém (me incluo entre os "alguéns") aparece para apontá-la na estrutura montada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) desde que chegou ao poder. Neste sábado (08/09), o cientista político Paulo Roberto de Almeida, foi um da turma dos observadores perspicazes a salientar o problema. Segue seu texto, para conhecimento e reflexão:

Reflexao do dia: o fascismo corporativo do Brasil 

Observando o panorama político e associativo no Brasil, nos últimos anos, acho que está se desenvolvendo, mas poucas pessoas percebem o processo, uma espécie de fascismo corporativo que não se distingue mais pelas camisas negras, botas e milícias armadas, mas pela existência de agências estatais superpoderosas que pretendem determinar como organizamos nossas vidas.

Receita e Anvisa, por exemplo, são dois orgaos essencialmente fascistas no comportamento, nas práticas, na vontade de seus dirigentes. Elas existem para servir ao Estado, não aos cidadãos.

Para mim, isso é essencialmente fascismo.

Esse fascismo invisível, insidioso e progressivo vem sendo obviamente facilitado pela preeminência de um partido neobolchevique, que manipula organizações pretensamente sociais, movimentos "populares" e sobretudo sindicatos comprados com o dinheiro público, para impor uma transferência crescente de renda dos setores produtivos da sociedade para os mandarins do Estado, para as corporações organizadas e, com menor peso, para um exército de assistidos que se converteu em poderoso curral eleitoral desse partido proto-totalitário.

Posso estar errado, mas como costumo observar o processo histórico com lentes de longo alcance, é o que vejo no Brasil atualmente.

Vai ser preciso uma fronda empresarial, ou uma revolução "burguesa", ou seja, iluminista e liberal, para reverter esse processo de crescente fascistização da vida social.

Lamento ser portador de más notícias... (na verdade, um processo...).

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