8 de Março:

A origem revisitada do Dia Internacional da Mulher

Mulheres samurais

no Japão medieval

Quando Deus era mulher:

sociedades mais pacíficas e participativas

Aserá,

a esposa de Deus que foi apagada da História

sábado, 31 de março de 2012

Clipping legal: Revoguem a anistia (do mensalão)

Por que um é proibido e o outro não?

Revoguem a anistia (do mensalão)


Guilherme Fiuza, O GLOBO

As comemorações do golpe de 64 ganharam um alento este ano. O patético "parabéns pra você" no 31 de março, data inaugural da ditadura militar, andava quase inaudível na caserna, quando ganhou um reforço de peso. Dessa vez, o Brasil inteiro ouvirá os nostálgicos dos anos de chumbo - graças à ex-guerrilheira Dilma Rousseff.

No final dos anos 70, quando o regime autoritário chegava ao seu último capítulo, o general João Figueiredo assumiu a Presidência da República com um inesquecível brado "democrático": avisou que ia "prender e arrebentar" quem fosse contra a abertura política. Figueiredo fez escola. Na polêmica sobre a Comissão da Verdade, Dilma Rousseff botou para quebrar, em nome da democracia.

A presidente do governo popular mandou amordaçar militares da reserva que criticaram duas de suas ministras. As auxiliares de Dilma haviam defendido a revogação da Lei da Anistia - o pacto nacional para a saída da ditadura. Os militares contrariados publicaram um manifesto de repúdio no site do Clube Militar. Dilma mandou o Exército apagar o texto e enquadrou os militares como insubordinados. Quem for contra a Comissão da Verdade, ela prende e arrebenta (ou pelo menos censura).

Era o que faltava para ressuscitar as almas penadas leais ao golpe de 64. Autoritarismo é vitamina para elas. Mas ser a favor do regime militar também não pode. O governo de esquerda aceita o pensamento de direita, desde que ninguém o manifeste. A democracia popular tem dono: ame-a ou deixe-a.

Foi com esse espírito que um bando de militantes de partidos filiados ao poder central foi para a porta do Clube Militar, no Centro do Rio. Lá dentro ocorria uma homenagem ao movimento de março de 64. Do lado de fora, em defesa dos direitos humanos e da verdade, os manifestantes fecharam a Avenida Rio Branco na marra. Atiraram ovos contra seguranças do prédio, incendiaram cartazes e tentaram agredir militares que saíam do evento, provocando a reação da polícia que tentava protegê-los e transformando a Cinelândia em praça de guerra. Um show de democracia.

A Comissão da Verdade pretende investigar os crimes cometidos pela direita no poder. O país não pode mesmo dormir tranquilo sobre certos disparates, como a versão militar de que Vladimir Herzog se suicidou na cela do DOI-Codi. É um escárnio. O problema dessa revisão é que não se encontrará a verdade no passado sem saber onde ela anda no presente.

Hoje o Brasil é governado pela esquerda. E a esquerda combateu a ditadura, defendendo a democracia, a liberdade e os pobres. Como essa autoridade moral foi usada no poder? De várias formas - algumas delas não contabilizadas. Quando estourou o escândalo do mensalão, Delúbio Soares, então poderoso tesoureiro do PT, negou o flagrante com convicção: "É uma conspiração da direita contra o governo popular." O ex-guerrilheiro José Dirceu, apontado como chefe da quadrilha, caiu em desgraça, mas fez sua sucessora na Casa Civil: a "querida companheira de armas" Dilma Rousseff. Em meio às tramoias, a mística da resistência à ditadura estava intacta.

A virtude de mulher-coragem, ex-refém dos militares, levou Dilma longe. Candidata a presidente, transformou em ministra da Casa Civil a obscura companheira Erenice Guerra, também ungida pela mística da militância de esquerda. Enquanto Erenice caía por tráfico de influência, descobria-se que Dilma se fizera passar pela atriz Norma Bengell numa foto da Passeata dos Cem Mil, em 1968, divulgada por sua campanha. O que seria dela sem a ditadura?

Dilma não teria sido eleita - nem qualquer outro afilhado revolucionário de Lula - se os companheiros do mensalão tivessem sido punidos. Ali estava, para quem quisesse ver, a conversão de um partido e de uma causa "libertária" em sistema de perpetuação no poder, a partir de um planejado assalto ao Estado.
Transcorridos quase sete anos, essa fraude política sem precedentes permanece misteriosamente no colo do Supremo Tribunal Federal, prestes a sumir do mapa pela extinção do processo.

Aí a Justiça brasileira terá legalizado as palavras do general Lula: "O mensalão não existiu." Haverá uma Comissão da Verdade para desenterrar o crime dos heróis da resistência?

Enquanto o mito não se desmancha, as vítimas profissionais da ditadura vão fazendo o seu pé de meia. Na série de revoluções ministeriais, os comunistas se destacaram partilhando o dinheiro do Esporte entre as ONGs amigas do PCdoB. A imprensa burguesa bombardeou essa distribuição de renda e o ministro caiu, mas a companheira Dilma manteve o cargo com a agremiação. Em comunismo que está ganhando não se mexe (ainda mais em véspera de Copa do Mundo).

Assim como o ex-guerrilheiro Fernando Pimentel, que uniu forças com a amiga Dilma e se tornou um próspero consultor, muitos companheiros viverão em paz sob a anistia do mensalão. Essa, ninguém revoga.

Luto em março: três brasileiros de muito talento nos deixaram!


O mês de março se encerra nos levando três brasileiros talentosos. Foram os três para o céu das pessoas de valor. E nós ficamos aqui mais pobres de espírito, de inteligência, às voltas com medíocres de vários tipos, da esquerda à direita, de norte a sul. Aliás, ultimamente, como um personagem de A Revolta de Atlas, venho sofrendo crises de solidão intelectual, fome de encontrar alguma mente humana inteligente com quem poder me comunicar (p. 10, vol. II).

Primeiro foi Chico Anísio (80), no dia 23, com suas múltiplas cômicas personas, que nos deixou. Depois, no dia 27, o multitalentoso Millôr Fernandes (88). Em seguida, no mesmo dia, Ademilde Fonseca (91), a rainha do brasileiríssimo chorinho, que introduziu as mulheres no clube do bolinha das rodas de choro.

Deixo abaixo, como homenagem aos três, exatamente a Adelmide Fonseca cantando Brasileirinho. Justa homenagem a três brasileiros que "abafaram". Nos links, mais informações sobre os três artistas.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Grupos ligados à esquerda autoritária promovem agora atos contra "apoiadores da ditadura"

A cor das bandeiras dos que foram
 cuspir em "torturadores" ontem no Rio
Apoiadores de regimes totalitários farão mais uma demonstração de seu cinismo atacando os seus desafetos do passado. Vejam  abaixo o informe sobre outra manifestação que ocorrerá, domingo agora, em São Paulo. Sem falar, na óbvia manipulação político-partidária por trás disso, tentando associar ações das administrações paulistanas com atos ditatoriais. O ano é eleitoral.

Quem continua interessado em instalar ditadura em nosso país são os próprios, ou melhor, os mentores desses jovens alienados do tal Levante Popular (misturados a muitos porras-loucas de ocasião), braço de "movimentos revolucionários socialistas", como o MST e a Via Campesina, e apoiador da ditadura cubana.

Vamos lembrar o currículo dos mentores desses idiotas (in)úteis. Os dados estão um pouco defasados porque onde esse Mal ainda existe continua matando. Perto deles, a ditadura militar brasileira, que segundo os próprios fascistas vermelhos, matou cerca de 450 pessoas, foi brincadeira de criança.

Mortos pelos regimes comunistas/socialistas ao redor do mundo (os exemplos mais conhecidos):

China: 65 milhões de pessoas 
União Soviética: 20 milhões 
Camboja, 2 milhões 
Coreia do Norte: 2 milhões 
Países africanos: 1,7 milhão 
Afeganistão: 1,5 milhão 
Países comunistas do leste europeu: 1 milhão 
Vietnã: 1 milhão 
Cuba: 150 mil 

Ontem, tivemos no Rio uma manifestação tipicamente fascista. É preciso ser muito idiota para achar que gente da faixa etária desses ativistas, que foram insultar velhos milicos por estarem apresentando outra visão dos fatos passados (a maioria dos que lá estava nunca foi acusada de torturador) na sede da associação deles, não é manipulada pela velharia comuna. São cabeças feitas pela esquerdopatia que está nos arrastando de volta para a Guerra Fria. Rima macabra.

Segue o itinerário da confrontação:

Depois de torturadores, apoiadores da ditadura são alvos de protesto em São Paulo

Depois dos assassinos e torturadores, agora é a vez dos apoiadores do golpe civil-militar de 1964 serem alvos de protestos.

Passando por jornais, empresas e lugares simbólicos do apoio civil à ditadura, o Cordão da Mentira irá desfilar pelo centro da cidade de São Paulo para apontar quais foram os atores civis que se uniram aos militares durante os anos de chumbo.

Os organizadores –coletivos políticos, grupos de teatro e sambistas da capital– afirmam ter escolhido o 1º de abril, Dia da Mentira e aniversário de 48 anos do golpe, para discutir a questão “de modo bem-humorado e radical”.

Ao longo do trajeto, os manifestantes cantarão sambas e marchinhas de autoria própria e realizarão intervenções artísticas que, segundo eles, pretendem colocar a pergunta: “Quando vai acabar a ditadura civil-militar?”.

TRAJETO (confira resumo, no fim do texto)

A concentração acontecerá às 11h30, em frente ao cemitério da Consolação.

Em seguida, o cordão passará pela rua Maria Antônia, onde estudantes da Universidade Mackenzie, dentre eles integrantes do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), entraram em confronto com alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Um estudante secundarista morreu.

Dali, os foliões-manifestantes seguem para a sede da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), uma das organizadoras da “Marcha da Família com Deus, pela Liberdade”, que 13 dias antes do golpe convocava o exército para se levantar “contra a desordem, a subversão, a anarquia e o comunismo”.

Depois de passar pelo Elevado Costa e Silva –que leva o nome do presidente em cujo governo foi editado o AI-5, o mais duro dos Atos Institucionais da ditadura– o bloco seguirá pela alameda Barão de Limeira, onde está a sede do jornal Folha de S.Paulo. Segundo Beatriz Kushnir, doutora em história social pela Unicamp, a Folha ficou conhecida nos anos 70 como o jornal de “maior tiragem” do Brasil, por contar em sua redação com o maior número de “tiras”, agentes da repressão.

A ação da polícia na Cracolândia, símbolo da continuidade das políticas repressivas no período pós-ditadura, bem como o Projeto Nova Luz, realizado pela Prefeitura de São Paulo, serão alvos dos protestos durante a passagem do cordão pela rua Helvétia.

Finalmente, será na antiga sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), na rua General Osório, que o Cordão da Mentira morrerá.

CORDÃO DA MENTIRA

Quando: Domingo, 1º de abril de 2012, a partir das 11h30

Onde: concentração no Cemitério da Consolação

TRAJETO

R. Maria Antônia – Guerra da Maria Antônia
Av. Higienópolis – sede da TFP
R. Martim Francisco
R. Jaguaribe
R. Fortunato
R. Frederico Abranches
Parada no Largo da Santa Cecília
R. Ana Cintra – Elevado Costa e Silva
R. Barão de Campinas
R. Glete
R. Barão de Limeira – jornal Folha de S.Paulo
R. Duque de Caxias – Cracolândia/Projeto Nova Luz
R. Mauá
Dispersão: R. Mauá com a R. General Osório – antigo prédio do Dops

quarta-feira, 28 de março de 2012

Comercial com Hitler provoca protestos

Hitler como garoto propaganda
A humanidade tem um grande fetiche pelo nazismo e seus fetiches. Eles de fato tinham parentesco direto com o demônio, mas inauguraram a propaganda moderna (chegaram a concorrer com Hollywood em produção de filmes) e arrasavam no visual. Queriam mostrar sua suposta superioridade já na roupa. Até o exército regular era todo aprumado. As tropas de elite então... uaauu!!

Então, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, num misto de atração e horror, o mundo inteiro não deixa de revisitar essas figuras e seus mal-feitos. Todavia há limites para essa revisão. Usar a figura de Hitler, por exemplo, mesmo à guisa de humor, costuma provocar muita controvérsia.

Esse é o caso de um comercial de shampoo exibido na TV turca que foi postado na Internet em 21 de março. Nele, Hitler aparece em um daqueles seu esbravejantes discursos, dizendo, em turco: 

Se você não usa roupa de mulher, também não devia usar shampoo de mulher. Aqui está. Um shampoo para homens de verdade. Biomen. Homens de verdade usam Biomen.

A comunidade judaica internacional protestou e o spot saiu do ar na TV turca, embora continue circulando pela Web. O publicitário que criou a peça disse que a intenção era ridicularizar Hitler, mas a resposta não colou. E você o que acha?

segunda-feira, 26 de março de 2012

Desdobramentos do Ficha Limpa

No ambiente tão degenerado da política brasileira, a Ficha Limpa surge como um fio de esperança.

Resta ver se vai ser de fato cumprida. Temos que nos mobilizar para isso!

Abaixo vídeo bem didático sobre a Ficha Limpa e seus desdobramentos!

Promovendo a cidadania.

sábado, 24 de março de 2012

Quem tudo quer nada tem: Dilma apanha de sua enorme base aliada

A entrevista gravada do historiador Marco Antonio Villa e o texto do jornalista Merval Pereira, transcritos abaixo, falam da mesma coisa, um de forma mais concisa, outro de maneira mais aprofundada: Dilma Rousseff formou uma base aliada tão grande do tipo "toma lá dá cá" que está tendo dificuldades de governar por causa dela. 

Não é a oposição, que a bem da verdade mal existe, a fonte de problemas de Dilma mas sim seus amotinados... ooops... seus aliados, insatisfeitos com a partilha desigual do butim do dinheiro público. Na semana que passou, por exemplo, ela não conseguiu aprovar a Lei Geral da Copa por ação de seus amigos da onça.

Os dois analistas concordam que não dá para governar com base tão ampla e de perspectivas tão distintas, embora com denominador ($) tão comum. Ao apostar no fisiologismo para ganhar as eleições e governar, Dilma vem sendo debilitada pela mesma corrupção que seu partido utilizou para debilitar as instituições e manter-se no poder. Alguns acreditam, como Merval Pereira, que a presidente está querendo alterar essa situação, mas não veem como isso possa ser feito. 

O certo é que Dilma segue à deriva, o que não é nada bom para o país. Como se não bastasse, seus "comandados" não param de dizer besteiras, parecendo-me as bravatas contra as Forças Armadas as mais graves entre elas. Nesta última semana, Maria do Rosário, ministra (?!) da Secretaria dos Direitos Humanos, saiu-se com um projeto de lei para fazer visitas de surpresa em quartéis e verificar as condições a que os presos militares estão submetidos. Fora ter fomentado discussão sobre o fim dos tribunais militares.  

Isso depois da polêmica gerada pela tentativa desastrada (porque ilegal) de calar a boca de militares da reserva em razão destes, em seu direito, terem reclamado publicamente de tentativas de - mais uma vez - rever-se a lei da Anistia e tentar processar militares dos tempos da ditadura por abusos contra os direitos humanos.

O que se observa, com apreensão, é um governo que nem sequer se entende com os que se dizem seus aliados nem tem o mínimo de tato para tratar com oposicionistas, inclusive com aqueles oposicionistas que já se encontravam em estado de hibernação há décadas. Com essa tendência para a conflagração, tipicamente dilmopetista, o que se nota é uma crescente polarização entre forças autoritárias que se dizem de esquerda e de direita, ameaçando o equilíbrio de nossa frágil democracia, como numa espécie de repeteco do cenário que desandou nos anos de chumbo durante a década de sessenta.

Considero o petismo a pior coisa que já aconteceu ao Brasil desde a chegada de Cabral com as caravelas. Criaram uma espécie de pesadelo de que não se consegue acordar e que parece aumentar a cada dia. Maldito seja.


Limites na Coalizão

Merval Pereira

Embora pareça uma ação extemporânea, sem base em um projeto de longo prazo, as atitudes da presidente Dilma em relação à sua base partidária estão pelo menos suscitando uma discussão que há muito não se via por parte do governo: quais são os limites éticos das negociações partidárias?

O presidente da Câmarados Deputados, o petista gaúcho Marco Maia, disse ontem que a base aliada tem “legitimidade” para cobrar cargos e liberação de recursos, mas garantiu que isso não significa institucionalizar a prática do “toma lá dá cá”.

A questão é que, no Brasil, uma interpretação distorcida do que seja o papel dos partidos políticos no apoio a um governo levou a que a corrupção e o fisiologismo se tornassem elementos fundamentais da chamada “governabilidade”.

Essa distorção aparece no comentário do senador Fernando Collor (PTB-AL) de que seu impeachment deveu-se ao pouco caso que ele fazia das relações políticas entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, passando por cima de todos os problemas éticos que seu governo enfrentou.

Da mesma maneira, no governo Lula, montou-se um grande esquema de corrupção para comprar apoio parlamentar na certeza de que os “300 picaretas” que Lula identificou no plenário da Câmara, quando foi constituinte, seriam facilmente manipuláveis.

Nesse período, o presidente Lula ainda demonstrava alguns pruridos no relacionamento público com políticos que não tinham a imagem condizente com a percepção que a opinião pública ainda tinha do Partido dos Trabalhadores naquela ocasião.

Tanto que recusou se unir ao PMDB mesmo com seu braço-direito político, José Dirceu, já tendo costurado um acordo. Luiz Inácio Lula da Silva alegava que não tinha confiança em políticos que depois viriam a ser seus grandes correligionários, como o ex-ministro Eunício Oliveira, para pegar apenas um exemplo de político rejeitado que se transformou em aliado útil.

No início de seu governo, quando ainda pretendia aprovar reformas como a da Previdência, o ex-presidente Lula teve que contar com o apoio da oposição para avançar nesse campo, que os sindicatos e o próprio PT rejeitavam.

Depois do susto do mensalão, cujo objetivo era conseguir apoios sem necessidade de expor essas relações promíscuas do PT defensor da ética na política com o baixo clero do Legislativo, Lula mudou de estratégia radicalmente.

Passou a se empenhar para formar a maior base aliada possível, exacerbando a troca de favores a tal ponto que conseguiu pela primeira vez na História unir todas as alas do PMDB no seu Ministério.

Montou então uma base aliada “defensiva”, isto é, formada não para aprovar as reformas estruturais necessárias ao desenvolvimento do país, mas para defender o presidente de qualquer nova tentativa de impeachment político.

Essa sua atitude, na prática, evidencia que ele agia seguindo o mesmo pensamento que mais tarde o ex-presidente Collor exprimiria na tribuna do Senado e que tanto desagradou tanto a Dilma quanto ao próprio Lula.

Para eleger na sua sucessão a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma mágica tirada do bolso do colete, Lula passou a exigir do PT um espaço maior para os aliados e foi atrás de partidos que não faziam parte da base aliada, mas poderiam ser cooptados à base do fisiologismo.

Com isso, garantiu a maior aliança partidária já montada no país, mas tão heterogênea que apenas a eleição de Dilma os unia como objetivo, sendo impossível armar-se um programa de governo que comportasse tantos interesses distintos.

A negociação dos espaços para cada um dos dez partidos aliados passou a ser a única maneira de mantê-los sob a mesma bandeira política, e com isso o fisiologismo e a corrupção ganharam um espaço que jamais tiveram em governos anteriores, mesmo que os personagens sejam basicamente os mesmos.

Nunca tiveram tanto poder quanto até recentemente, mesmo o senador Renan Calheiros, que foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, um cargo de aparente pompa, mas esvaziado de poder político.

A tese de que todos esses tipos de corrupção com que nos defrontamos na nossa política, como o corporativismo, o clientelismo e o fisiologismo, fazem parte da estrutura de governabilidade de democracias pouco desenvolvidas como a brasileira preocupa pensadores como o ex-ministro Marcílio Marques Moreira, há muito envolvido na luta pela ética na política.

Para ele, a falta de compromissos éticos corrompe o sistema “assim como a ferrugem corrói o ferro, metáfora que Políbio já usava e que Maquiavel de certa maneira retoma na primeira década de Tito Lívio”.

Marcílio ressalta que pesquisas recentemente divulgadas mostram que a presença de um líder, ou de um decálogo, que, inspirando confiança, legitime comportamentos tem enorme influência sobre eles.
Tanto no sentido de estimular atitudes corretas e éticas no trato da coisa pública quanto, como ocorre hoje no país, de estimular comportamentos pouco éticos quando os interesses pessoais estão acima do interesse público.

Nesse sentido, embora o sistema sob o qual sua presidência está montada seja baseado nessa promiscuidade de interesses, a presidente Dilma Rousseff está dando sinais de que pretende mudar o paradigma.

Por enquanto, no entanto, não há clareza sobre que novos caminhos pretende trilhar e com o apoio de que forças políticas. Nem há evidências da viabilidade de tal projeto, se é que ele existe mesmo.
Fonte: O Globo, 23/03/2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Clipping legal: Pesquisadores da UnB apontam fragilidade na urna eletrônica

Nos EUA não se usa urna eletrônica tampouco no ultratecnológico Japão. Por que será? Ano após ano, acumulam-se dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas brasileiras. Já abordei esse tema aqui no blog duas vezes: Risco de fraude nas eleições: a OAB não referenda as urnas eletrônicas! e Outra vez em foco as discutíveis urnas eletrônicas do Brasil.

Agora, de novo, Pesquisadores da UnB apontam fragilidade na urna eletrônica. Considerando quem está no governo, alguém duvida que essas urnas já não possam ter sido fraudadas, por exemplo, nas últimas eleições? Incrível que, apesar de tantas denúncias, a oposição, mais conhecida como "oposiçãozinha" não tenha ainda feito uma devassa nessas urnas. É o futuro do país que pode estar se perdendo em meio a algorítimos facilmente desvendáveis.

BRASÍLIA - Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) conseguiram ordenar a sequencia de votos de urna eletrônica durante teste promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O grupo formado por quatro cientistas do Departamento de Computação e do Centro de Informática da universidade desvendaram o algorítimo que embaralha a ordem cronológica dos votos. Em cinco dias de trabalho, os especialistas conseguiram descobrir o voto dado pelo primeiro eleitor e todos os outros eleitores fictícios que teriam digitado no equipamento investigado.

O chefe da equipe, Diego de Freitas Aranha, explicou que para descobrir a identidade do eleitor e o seu voto seria necessário conhecer o nome e a ordem cronológica dos votos efetuados naquela urna, ou seja, o hacker teria que ter em mãos uma tabela com a ordem e a identificação dos eleitores que votaram na urna.

- Nós conseguimos recuperar os votos em ordem numa totalidade de 99,99%. De posse dos votos em ordem e de uma lista de eleitores que teria que ser obtida de outra forma, é possível você fazer a correspondente. Esse é o resultado do nosso teste – disse Aranha.

O TSE informou que considera positivo o resultado do teste e acrescentou que o sistema para embaralhar os votos será reforçado. A mesma equipe da UnB testará o sistema reforçado.

Fonte: O Globo,  por Roberto Maltchik, 22/03/2012 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Quem o machismo matou hoje?

Neste mês da mulher, apesar das celebrações, cumpre falar da triste realidade da violência contra as mulheres, as meninas, as senhoras. Cumpre falar porque o silêncio sobre o tema se torna cúmplice da violência e a perpetua.

O blog Quem o machismo matou hoje?que se define como sem vínculo institucional ou partidário e sem fins lucrativos, denuncia a  violência diária, contra mulheres brasileiras de todas as idades e etnias, com base em artigos da imprensa e denúncias. É uma lista significativa de casos de mulheres espancadas, estupradas e mortas por desconhecidos ou  por namorados, amantes e maridos. Tem até um Memorial na sidebar, uma pequena amostra dessa guerra silenciosa que se trava contra o sexo feminino.

Se você tem interesse em colaborar com a manutenção de conteúdo do blog, pode entrar em contato com o email machismomata@gmail.com ou pelo twitter @machismomataAbaixo, transcrevo lista de delegacias da mulher, copiadas do blog, em caso de necessidade para si mesma ou uma parente ou amiga. 

Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher
• ACRE

Rio Branco
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher -
Telefone: (68) 3221-4799
Delegada: Áurea Letícia Carneiro Ribeiro Dene (Titular).

• ALAGOAS

Maceió
Delegacia Especial de Defesa da Mulher –
Tel.: (82) 3321 - 0676

• AMAPÁ

Macapá
Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM) –
Telefones: (96) 3212-8128 / (96) 3212-8136 / (96) 3212-8124 / 0800-28094888
Delegada Titular: Josymária Coelho Jorge
Delegada Adjuntas: Regina Célia Brandão Lemos e Maria Goreti Góes da Rocha
Delegadas Plantonistas: Katiuscia Silva Pinheiro - Sheila Vasques de Oliveira - Keila Suely Silva da Silva - Samile Simões Alcolumbre

• AMAZONAS

Itacoataira
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher/
Posto de Atendimento Delegacia de Crimes contra a Mulher
Tel.: (92) 521 - 2764

Manacapuru
Delegacia de Crimes contra a Mulher
Tel.: (92) 361 - 3400

Manaus
Delegacia de Crimes contra a Mulher
Tel.: (92) 3236-7012/ 236 - 7012

Delegacia de Defesa da Mulher
Tel: (92) 199

Tefé
Delegacia de Crimes contra a Mulher
Tel.: (92) 343 - 5686

• BAHIA

Alagoinhas
Delegacia Especial deAtendimento à Mulher – DEAM
Tel: (75) 3423 – 4759/ 8253
Delegada: Lelia Maria Raimundi David

Camaçari
Delegacia Especial deAtendimento à Mulher – DEAM
Tel: (71) 3601-3504/3031
Delegada: Janaína Miranda Dore

Candeias
Delegacia Especial deAtendimento à Mulher – DEAM
Tel: (71) 3661-3504/ 3031
Delegada: Iola Nolasco Farias Nunes

Engenho Velho de Brotas
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM
Tel: (71) 3116 7000
Delegada: Cely Carlos

Feira de Santana
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM
Tel: (75) 3602-9284
Delegada: Martine Christiane Virgens Velloso

Ilhéus
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM
Tel: (73) 3234 – 5274
Delegada: Adriana Paternostro Nery

Itabuna
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM
Tel: (73) 3214 – 7822
Delegada: Ivete Silva Santana Oliveira

Juazeiro
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM
Tel: (74) 3611 9831
Delegada: Rosineide Motta M. Sampaio

Paulo Afonso
Delegacia Especial deAtendimento à Mulher – DEAM
Tel: (75) 3692 1437 / 3282-8039
Delegada: Lisdeili Nobre Guimarães

Porto Seguro
Delegacia Especial deAtendimento à Mulher – DEAM
Tel: (73) 3288 1037
Delegada: Viviane Scofield Amaral

Teixeira de Freitas
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM
Tel: (73) 3291 – 1552
Delegada: Kátia Cielber Guimarães Garcia

Vitória da Conquista
Delegacia Especial deAtendimento à Mulher – DEAM
Tel: (77) 3425 – 8369
Delegada: Rosilene Moreira Correia

• CEARÁ

Crato
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (88) 3102-1285/1286

Fortaleza
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (85) 3101-2495/2496

Iguatu
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (88) 3581 - 0428/ 9454/ 0307

Juazeiro do Norte
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (88) 3102 - 1102 / 3511 - 5767

Sobral
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (88) 3677 - 4282

• DISTRITO FEDERAL

Brasília
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher
Tel.: (61) 3443 - 4300 / 3442 - 4328

• ESPÍRITO SANTO

Cariacica/Viana
Delegacia da Mulher
Tel.: (27) 3136 - 3118

Cachoeiro de Itapemirim
Delegacia da Mulher
Tel.: (27) 3155 - 5084

Colatina
Delegacia da Mulher
Tel.: (27) 3177-7121 / 7120

Guarapari
Delegacia da Mulher
Tel.: (27) 3161 - 1031/ 1032

Linhares
Delegacia da Mulher
Tel.: (27) 3264 - 2139

Serra
Delegacia da Mulher
Tel.: (27) 3328 - 7212

Vila Velha
Delegacia da Mulher
Tel.: (27) 3388 - 2481

Vitória
Delegacia da Mulher
Tel.: (27) 3137-9115

• GOIÁS

Goiânia
Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM)
Tel.: (62) 3201 - 2801 / 2802 / 2807 / 2818 / 2820
Delegada.: Karla Fernandes Guimarães

• MARANHÃO

Açailândia
Delegacia da Mulher
Tel.: (99) 3738 - 2199

Bacabal
Delegacia da Mulher
Tel.: (99) 3621 - 1331

Caxias
Delegacia da Mulher
Tel.: (99) 3521 - 2561

Imperatriz
Delegacia da Mulher
Tel.: (98) 3721 - 6722

São Luís
Delegacia da Mulher
Tel.: (98) 3221 - 2338

• MATO GROSSO

Cuiabá
Delegacia Especializada de Defesa da Mulher
Tel.: (65) 3901 - 5327/ 5326 / 4271 / 4272

• MATO GROSSO DO SUL

Aquidauana
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3241 - 1172

Campo Grande
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3384 - 1149/ 3393 - 6959 / 3393 - 8013

Corumbá
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3231 - 2810

Coxim
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3291 - 1338
Delegada.: Sandra Regina Simão de Brito

Dourados
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3421 - 1177
Delegada.: Franciele Candotti Santana

Fátima do Sul
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3467 - 1622

Jardim
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3251 - 1075

Navaraí
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3461 - 5182

Nova Andradina
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3441 - 1316

Ponta Porá
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3431 - 3771

Três Lagoas
Delegacia de Atendimento à Mulher
Tel.: (67) 3521 - 2432

• MINAS GERAIS

Belo Horizonte
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: (31) 3330-1758

Betim
Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher
Tel.: (31) 3539-2579 / 3531-3056

Contagem
Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher
Tel.: (31) 3398-5808

Venda Nova
Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher
Tel.: (31) 3236-3279 / 3236-3758

• PARÁ

Abaetetuba
Delegacia da Mulher
Tel.: (91) 3751 - 3037

Altamira
Delegacia da Mulher
Tel.: (91) 3515 - 5422

Belém
Delegacia da Mulher
Tel.: (91) 3246 - 4862

Breves
Delegacia da Mulher
Tel.: (91) 3783 - 2670/ 4561

Castanhal
Delegacia da Mulher
Tel.: (91) 3112 - 3928

Itaituba
Delegacia da Mulher
Tel.: (93) 3518 - 3376

Marabá
Delegacia da Mulher
Tel.: (94) 3321 - 4800

Paragominas
Delegacia da Mulher
Tel.: (91) 3729 - 4890 / 1068

Paraupebas
Delegacia da Mulher
Tel.: (94) 3346 - 8188

Redenção
Delegacia da Mulher
Tel.: (94) 3424 - 8566

Santarém
Delegacia da Mulher
Tel.: (93) 3522 - 2132

Tucurí
Delegacia da Mulher
Tel.: (94) 3787 - 1644

• PARAÍBA

Campina Grande
Delegacia Especializada da Mulher
Tel.: (83) 3310 - 9345 / 9310/ 9309

Guarabira
Delegacia Especializada da Mulher
Tel.: (83) 3271 - 4144

João Pessoa
Delegacia da Mulher
Tel.: (83) 3218 - 5317 / 5316

• PARANÁ

Araucária
Delegacia da Mulher
Tel.: (41) 3552 - 2804

Campo Mourão
Delegacia da Mulher
Tel.: (44) 3523 - 4250

Cascavel
Delegacia da Mulher
Tel.: (45) 3223 6821

Curitiba
Delegacia da Mulher
Tel.: (41) 3219 - 8600

Foz do Iguaçu
Delegacia da Mulher
Tel.: (45) 3523 - 4642

Guarapuava
Delegacia da Mulher
Tel.: (42) 3626 2818

Londrina
Delegacia da Mulher
Tel.: (43) 3322 1633

Maringá
Delegacia da Mulher
Tel.: (44) 3224 6192

Pato Branco
Delegacia da Mulher
Tel.: (46) 3220 0227

Ponta Grossa
Delegacia da Mulher
Tel.: (42) 3223 - 4948

São José dos Pinhais
Delegacia da Mulher e do Adolescente
Tel.: (41) 3383 - 0244

• PERNAMBUCO

Caruaru
4ª Delegacia de Polícia da Mulher
Tel.: (81) 3719 - 9106 / 9107/ 9108 / 9109

Garanhus
9ª Delegacia de Polícia da Mulher
Tel.: 3761 - 8507

Jaboatão dos Guararapes
Delegacia de Polícia de Plantão - Crimes contra a Mulher
Tel.: 3184 - 3539

2ª Delegacia de Polícia da Mulher
Tel.: 3184 - 3444 / 3445/ 3446/ 3447

Paulista
5ª Delegacia de Polícia da Mulher
Tel.: 3184 - 7072

Petrolina
3ª Delegacia de Polícia da Mulher
Tel.: 3866 - 6625

Recife
Delegacia de Polícia de Plantão - Crimes contra a Mulher
Tel.: 3184 - 3352 / 3360

Departamento de Polícia da Mulher - DPMUL
Tel.: 3184 - 3568

1ª Delegacia de Polícia da Mulher
Tel.: 3184 - 3352

Surubim
7ª Delegacia de Polícia da Mulher
Tel.: 3624 - 1983

• PIAUÍ

Parnaíba
Delegacia da Mulher
Tel.: (86) 3321 - 2611

Teresina
Delegacia de Proteção dos Direitos da Mulher - Centro
Tel.: (86) 3222 - 2323

Delegacia de Proteção dos Direitos da Mulher - Sudeste
Tel.: (86) 3216 - 1572

Delegacia de Proteção dos Direitos da Mulher - Norte
Tel.: (86) 3225 - 4597

• RIO DE JANEIRO

Belford Roxo
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: (21) 3771 - 1135
Delegada: Alriam Miranda Fernandes

Caxias
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: 2775 - 1645 / 2775 - 1549 / 2771 - 2702

Jacarepaguá
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: (21) 2332 - 2578
Delegada.: Silvana Vilhena Braga

Niterói
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: (21) 2717 - 2006/ 2719 - 2030 / 2622 - 2785
Delegada: Alba Maria Alves Ferreira

Nova Iguaçu
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: 3779 - 9417 / 3779 - 9555 / 3399 - 3720 / 3339 - 3721
Delegada: Tereza Maria Rocha de Lima Pezza

Rio de Janeiro
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: 2334 - 9749 / 2332 - 9960 / 2224 - 6409 / 2252 - 5245
Delegada: Marta Rocha

Rio de Janeiro (Centro)
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: (21) 2334 - 9859 / 2252 - 4166 / 2332 - 9991 a 9998
Delegada.: Celia Silva Rosa

Rio de Janeiro (Oeste)
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: (21) 2332 - 7644

São Gonçalo
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: (21) 3119 - 3882 / 3891 / 3688
Delegada.: Márcia Noeli Barreto

São João de Meriti
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: 2655 - 5238/ 2655 - 5239 / 2655 - 5240/ 2655 - 5241 / 2655 - 5233 / 3755 - 1038 / 3668 - 7814
Delegada: Sueli Peçanha Murat de Sousa

Volta Redonda
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Tel.: (24) 3339 - 2279 / 2181/ 2477

• RIO GRANDE DO NORTE

Caicó
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher
Tel.: (84) 3421 - 6040

Mossoró
Delegacia Especializada em Defesa da Mulher
Tel.: (84) 3316 - 2404/ 3315 - 3536

Natal - ZN
Delegacia Especializada em Defesa da Mulher
Tel.: (84) 3232 - 5468/ 5469

Natal - ZS
Delegacia Especializada em Defesa da Mulher
Tel.: (84) 3232 - 2526 / 2530

Parnamirim
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher
Tel.: (84) 3316 - 2404/ 3315 - 3536

• RIO GRANDE DO SUL

Alegrete
Posto Policial para a Mulher
Tel.: (55) 422-3023

Bagé
Posto Policial para a Mulher
Tel.: (53) 242 - 7570 / 9000

Bento Gonçalves
Posto Policial para a Mulher
Tel.: (54) 452 - 2500

Cachoeiro do Sul
Posto Policial para a Mulher
Tel.: (51) 3722 - 2003

Camaqua
Posto Policial para a Mulher
Tel.: (53) 671 - 4996

Canoas
Delegacia para a Mulher
Tel.: (51) 476-2056 / 427-1103 / 466-5983

Pelotas
Delegacia da Mulher
Tel.: (53) 3225-6888

Porto Alegre
Delegacia de Polícia da Mulher
Tel.: (51) 3217-2411

Delegacia da Mulher
Tel.: (51) 3217-6938

São Leopoldo
Posto Policial para a Mulher
Tel.:(51) 592-1013

• RONDÔNIA

Ariquemes
Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e Família
Tel.: 3536 - 8425

Cacoal
Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e da Família
Tel.: 3441 - 1020

Guajará Mirim
Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e da Família
Tel.: 3541 - 2021 / 2521

Ji Paraná
Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e da Família
Tel.: 3422 - 2963/ 2271/ 1165/ 3560

Porto Velho
Delegacia Especializada em Defesa da Mulher e Família
Tel.: 3216 - 8800 / 8855

Vilhena
Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e da Família
Tel.: 3321 - 3140

• RORAIMA

Boa Vista
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (95) 623-3248 / 2030

• SANTA CATARINA

Blumenau
Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente
Tel.: (47) 322-9447

Florianópolis
Delegacia de Proteção à Mulher e ao Menor Infrator
Tel.: (48) 228-5304 / 228 - 1380

Joinville
Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente
Tel.: (47) 461-3807

• SÃO PAULO

Baixada Santista
Cubatão
Delegacia da Mulher
Tel.: (13) 3363 - 2141

Guarujá
Delegacia da Mulher
Tel.: (13) 3355 - 4468

Monguaguá
Delegacia da Mulher
Tel.: (13) 3507 - 1708

Peruíbe
Delegacia da Mulher
Tel.: (13) 3455 - 7665

Praia Grande
Delegacia da Mulher
Tel.: (13) 3471 - 4044

Santos
Delegacia da Mulher
Tel.: (13) 3235 - 4222

São Vicente
Delegacia da Mulher
Tel.: (13) 3468 - 7763

Cidade de São Paulo
6ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - Campo Grande
Tel.: (11) 3246-1895

4ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - Freguesia do Ó
Tel.: (11) 3976-2908

3ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - Jaguaré
Tel.: (11) 3268-4664

8ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - Jardim Marília
Tel.: (11) 6742-1701

1ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - Parque Dom Pedro
Tel.: (11) 3239-3328 / 3241 - 3328

5ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - Parque São Jorge
Tel.: (11) 293-3816

9º Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - Pirituba
Tel.: (11) 3974-8890

7ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - São Miguel
Tel.: (11) 6297-1362

2ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher - Vila Mariana
Tel.: (11) 5084-2579

Grande São Paulo

Carapicuíba
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4187 - 7183

Cotia
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4616 - 9098

Diadema
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4048 - 1904

Embu
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4781 - 1431

Francisco Morato
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4488 - 2233

Guarulhos
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 208 - 7878

Mauá
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4514 - 1595

Mogi das Cruzes
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4726 - 5917

Osasco
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 3682 - 4485

Santo André
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4994 - 7653

São Bernardo do Campo
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4368 - 9980

Taboão da Serra
Delegacia de Defesa da Mulher
Tel.: (11) 4138 - 3409

• SERGIPE

Aracaju
Delegacia Especial de Proteção à Mulher
Tel.: (79) 213-1238

Itabaiana
Delegacia Municipal de Polícia de Atendimento à Mulher
Tel.: (79) 3179 - 3737 / 3738

• TOCANTINS

Araguaína
Delegacia da Mulher
Tel.: 3414 - 3108

Palmas
Delegacia Especializada em Defesa da Mulher
Tel.: (63) 3218 - 6878

quarta-feira, 21 de março de 2012

O caso da corrupção na saúde

Reportagem do Fantástico (segue abaixo) denunciou a tentativa de suborno por empresas prestadoras de serviços para ganhar licitações de emergência do Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As corruptas são: Toesa Service (locadora de veículos), Locanty Soluções (coleta de lixo), Bella Vista Refeições Industriais e Rufolo Serviços Técnicos e Construções. 

Em decorrência da reportagem, o governo do Estado informou que os eventuais contratos com as empresas serão cancelados. A prefeitura do Rio fez o mesmo e informou que buscará substituí-las. Também o Ministério da Saúde disse que vai suspender os contratos com as empresas que ofereceram propina, decisão publicada ontem no Diário Oficial da União.

Igualmente, em nota, o Tribunal de Contas da União (TCU) informou que investigará a denúncia da TV Globo. Confirmada a denúncia, a empresa fraudadora pode ser impedida de participar, por até cinco anos, de licitações com órgãos públicos federais. E para evitar fraudes, O TCU recomendou  o uso de pregão eletrônico que dificulta o  favorecimento de licitantes.

Pergunta: e para a roubalheira já realizada, nada será feito? Como se pode constatar pelo vídeo abaixo, o assalto ao dinheiro da saúde vem sendo perpetrado há tempos. No Brasil, a corrupção é uma pandemia.

Vale também ouvir a fala do professor de ética da UNICAMP, Roberto Romano, sobre a corrupção no Brasil no portal de conteúdo da Cultura

segunda-feira, 19 de março de 2012

Me deixa em paz Monsueto e Ayirton Amorin

Clube da Esquina (1972)
No início dos anos 60, em Belo Horizonte (MG), jovens músicos começaram a produzir um tipo de som que mesclava Bossa Nova, jazz, rock (influência mais sinfônica dos Beatles), música folclórica mineira, um pouco de música erudita e música hispânica. 

Esses jovens formaram um movimento que ficou conhecido como  Clube da Esquina, núcleo de produção de discos de alta qualidade, na década de setenta, em meio ao contexto sombrio da ditadura militar (daí também o tom engajado de algumas canções que, contudo, não comprometem a qualidade musical). 

A partir de 2004, interessados em preservar a história do movimento criaram uma associação que, por sua vez, elaborou  o site Museu Clube da Esquina, onde se pode conhecer toda a trajetória desses inovadores da MPB e apreciar a música que faziam.

Os dois discos Clube da Esquina I e II têm músicas antológicas como Maria, Maria, San Vicente, Nada Será Como Antes, Credo e a versão que reproduzo abaixo - a melhor de todas - do samba-canção Me deixa em Paz, de  Monsueto e Ayrton Amorin, com Milton Nascimento e Alaíde Costa.

Reproduzo também o teaser de um filme sobre o movimento ao fim da postagem. No mais, recomendo o site, um importante registro de uma página musical muito rica de nossa História. 

Me deixa em paz
Monsueto e Ayirton Amorin

Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar

Evitar a dor
É impossivel
Evitar esse amor
É muito mais

Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz



Cantam: Alaíde Costa e Milton Nascimento
Violão: Milton Nascimento
Órgão e piano: Wagner Tiso
Baixo: Luiz Alves
Bateria: Robertinho Silva
Surdo: Nelson Angelo
Percussão: Lô Borges, Beto Guedes e Rubinho

sábado, 17 de março de 2012

Clipping legal: O Estado laico e os crucifixos na Justiça gaúcha

Ainda sobre o tema dos crucifixos, que continua se desdobrando (agora uma tal de Associação de Juristas Católicos entrou com representação para reconsideração da medida de retirada dos crucifixos das repartições públicas no RS), reproduzo objetivo artigo do Ministro do  Supremo Tribunal Federal, José Celso de Mello Filho, publicado na Revista Conjur e um comentário sobre o mesmo de um leitor cristão que faz a gente ter esperança de ver luz no fim do túnel. 

Cabe ressaltar que o clima exaltado, sobre esse tema até banal, deve-se em muito ao contexto polarizado entre esquerdistas e conservadores, um verdadeiro fla-flu de autoritários, que acaba funcionando como um imã de atração negativa até para pessoas normalmente moderadas. Equilibrados, resistam!

O Estado laico e os crucifixos na Justiça gaúcha


Por José Celso de Mello Filho

A laicidade do Estado brasileiro reveste-se de natureza eminentemente constitucional e traduz natural consequência da separação institucional entre Igreja e Estado.

O caráter laico da República atua, nesse contexto, como pressuposto essencial e necessário ao pleno exercício da liberdade de religião, que assegura a qualquer pessoa, dentre as diversas projeções jurídicas que dela resultam, o direito de professar ou de simplesmente não professar qualquer fé religiosa!

É por isso que o direito de ser ateu (como, também, o direito de ser adepto de qualquer corrente religiosa) qualifica-se como direito fundamental, cujo exercício se mostra insuscetível de ser obstruído ou embaraçado por autoridades e agentes estatais.

A Constituição da República, ao proclamar que o Estado brasileiro não tem perfil confessional, fez erigir verdadeiro "wall of separation" (para usar expressão utilizada por Thomas Jefferson) entre o domínio secular (reservado ao Poder Público) e a esfera espiritual (destinada às Religiões)!

O sentido de não confessionalidade da República brasileira significa que, no Brasil, por determinação constitucional (CF, art. 19, I), não haverá Estado Teocrático nem Religião Estatal! Os domínios do espírito, amplamente reservados à atuação das denominações religiosas, não podem sofrer ingerência do Estado, sob pena de a liberdade de religião expor-se a indevida interferência do Poder Público.

Vale ter presente, de outro lado, que grupos religiosos não podem apropriar-se do aparelho estatal, transformando o Estado em refém de princípios teológicos, em ordem a conformar e a condicionar, à luz desses mesmos postulados, a formação da vontade oficial nas diversas instâncias de poder.

O princípio nuclear da separação, ao consagrar a neutralidade confessional do Estado, permite protegê-lo contra investidas de grupos fundamentalistas (em tentativa de verdadeiro "take over" do Estado) ao mesmo tempo em que ampara as comunidades religiosas contra a intrusão (sempre opressiva e sufocante) do Estado no âmbito da liberdade!

O Estado laico (que não se confunde com o Estado ateu, este, sim, de índole confessional) não tem (nem pode ter) aversão ou preconceito em matéria religiosa, tanto quanto não se acha constitucionalmente legitimado a demonstrar preferência por qualquer denominação confessional, ao contrário do Estado monárquico brasileiro, cuja Carta Política (1824) consagrava o catolicismo como religião oficial do Império!

Parece-me justificável, desse modo, a resolução tomada pelo Conselho Superior da Magistratura do Estado do Rio Grande do Sul. Nem hostilidade oficial a qualquer religião nem ostentação, nos edifícios do Fórum (que são espaços de atuação do Poder Público), de quaisquer símbolos religiosos, como o crucifixo, a estrela de David ou o crescente islâmico!

José Celso de Mello Filho é ministro do Supremo Tribunal Federal.
Revista Consultor Jurídico, 10 de março de 2012

Abaixo comentário de um cristão verdadeiramente democrático, da minha turma dos congregados do equilíbrio.

Estado Laico, Religião e Intolerância - 12/03/2012 15:02 edsonbonane (Outros)

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las." Voltaire

Parabéns ao Exmo José Celso de Mello Filho pelo excelente artigo, coerente e imparcial, como deve ser um artigo jurídico. O assunto é polemico, mas soubestes conduzir com maestria e inteligência.

Como católico sinto-me entristecido pela retirada dos crucifixos, mas concordo com a decisão em respeito a aqueles que não profetizam a mesma fé ou simplesmente são ateus. Mesmo porque, isto não muda a minha fé e permaneceram sobre minha mesa, meu crucifixo, minha bíblia e a imagem de Nossa Senhora e ao contrário do hipócrita citado pelo Sr. Chiquinho, minhas orações são feitas reservadamente e minha fé é profetizada pelo exemplo, pois um homem de fé trabalha pelo exemplo, pelos atos e não pelas palavras.

O que mais me entristece nesta situação é o radicalismo com que o tema é tratado, de ambos os lados. O respeito e tolerância, são princípios básicos de boa convivência, é o Estado Democrático, nem precisa ser religioso mas em todas as religiões são princípios básicos... mas basta ver os comentários que se percebe uma disputa quase pessoal.

É importante defender o seu ponto de vista, mas sem nunca, jamais, ferir o direito do outro de dizer o que ele pensa ou o que ele pratica.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ercília Stanciany: catando sabedoria no lixo!

A caloura Ercília
A história de Ercília Stanciany, a catadora de lixo que, quase aos 40 anos, voltou a estudar numa escola para adultos, apoiada por livros didáticos que colheu no lixo reciclável, emocionou a todos que têm alguma sensibilidade. Ainda mais neste mês de março, já todo ele consagrado às mulheres.

Me fez lembrar da flor de lótus, símbolo budista, que emerge da escuridão do lodo, onde nasce, para a superfície da água, quando então abre suas pétalas que assim ficam imaculadas da sujeira de origem. Clara metáfora da superação do indivíduo contra as adversidades impostas pelo meio social, muitas desde o berço, ou pelas próprias fraquezas e limitações pessoais, a história da flor de lótus cabe bem na trajetória de Ercília.

Emergindo das adversidades da pobreza, retirando do lixo os nutrientes para chegar à superfície, Ercília desabrocha acima das adversidades com suas imaculadas pétalas de superação. Entrou na Universidade Federal do Espírito Santo, aos 41 anos, para cursar Artes Plásticas, seu grande sonho.

A história de Ercília nos dignifica a todos, além de mostrar a importância que tem a educação, sempre tão relegada neste país, para o desabrochar dos indivíduos. Por isso mesmo, enquanto nos emocionamos com o exemplo de Ercília e celebramos sua vitória, precisamos lutar para tirar do poder quem, ao contrário dela, vive, sem mérito, sem vergonha, sem propósito a não ser enriquecer parasitariamente às custas de nós todos.

Abaixo vídeo sobre a saga de Ercília e suas conquistas.



Fonte: Com informações de Leandro Nossa, Do G1 ES

terça-feira, 13 de março de 2012

Crucifixos ou não crucifixos, eis a questão?

Na semana passada (06/03/2012), a pedido de organizações sociais, encabeçadas  pela entidade Liga Brasileira de Lésbicas, o  Conselho da Magistratura do TJ-RS decidiu positivamente sobre a retirada dos crucifixos e símbolos religiosos nos espaços públicos dos prédios da Justiça gaúcha.

A medida é meramente simbólica, já que, para ações mais efetivas a favor da separação religião-Estado, cumpre fomentar o debate sobre o fim da isenção de impostos para entidades religiosas, muitas que vivem claramente de explorar a boa fé do povo e a semear o preconceito e a intolerância.

Apesar de simbólica, contudo, a decisão vem a calhar como um primeiro passo para um debate mais amplo sobre o tema, pois, em nosso país, o Estado Laico nunca foi bem resolvido, haja vista que até na Constituição de 88 se fala em "com a proteção de Deus". De um lado, a Igreja Católica nunca se conformou de ter deixado de ser religião de Estado e continuou e continua funcionando como eminência parda de todos os governos. De outro, agora também evangélicos usam dos partidos como meros hospedeiros a fim de atingir seu verdadeiro objetivo que é chegar ao poder para evangelizar o Brasil. E dá-lhe projetos absurdos de distribuir Bíblias, em escolas públicas, de leitura de versículos da Bíblia também em escolas públicas, "curas" de gays e até emendas constitucionais para dar poder a entidades religiosas de propor ações de inconstitucionalidade e constitucionalidade de leis ou atos normativos, perante a Constituição Federal (PEC 99/2011). 

Embora seja evidente que as religiões de tradição cristã, como nesses poucos exemplos citados, não respeitam a separação entre a religião e o Estado, não faltaram católicos dando piti por causa da retirada de crucifixos das repartições públicas da Justiça gaúcha. E de toda a sorte de falácias vêm se valendo, Internet afora, para justificar seus posicionamentos: desde dizer que deveriam então propor a retirada do Cristo Redentor no Rio ou mudar os nomes das cidades brasileiras até anunciar uma suposta perseguição aos católicos e demais cristãos, que estaria no bojo da retirada dos crucifixos, como parte de um projeto maior de instalar o comunismo no Brasil (sic).

Como se não bastasse, para por mais lenha nessa fogueira onde o bom senso arde, o colunista João Pereira Coutinho, da Folha, informa que, na Inglaterra, duas mulheres, Nadia Eweida, funcionária da British Airways, e Shirley Chaplin, enfermeira, foram suspensas por se recusarem a remover os crucifixos enquanto trabalhavam, acabando a segunda até demitida. Pior, informa que "o governo de David Cameron prepara-se para apoiar a decisão das entidades empregadoras junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, votando a favor da proibição do uso de crucifixos". E termina dizendo o óbvio: tal veto é um ataque à liberdade individual das pessoas manifestarem crenças ou valores em público sem temer represálias ou perseguições.

Ao que tudo indica, fanáticos religiosos e secularistas estão empenhados em recriar uma nova guerra nada santa contra a liberdade de expressão. Reivindicar a retirada de símbolos religiosos de instituições públicas é uma coisa. No caso do Brasil, por exemplo, embora a população, em sua maioria, professe a fé cristã, existem várias outras religiões com milhares de seguidores no país, sem falar dos que não têm religião e ainda dos que não têm religião nem creem em Deus. Entretanto, todos pagam impostos, todos são igualmente financiadores do Estado brasileiro, portanto, o Estado não pode demonstrar parcialidade, ostentado símbolos de uma religião em particular, com a desculpa esfarrapada de assim fazê-lo porque o Brasil tem tradição cristã. O Estado e as instituições públicas são financiadas por todos nós, não podendo tomar partido deste ou daquele credo, usar dinheiro público para divulgar os princípios de qualquer religião em particular. Difícil entender como algo tão simples não entra na cabeça de muitos.

Agora, outra coisa é querer proibir as pessoas individualmente de demonstrar sua fé por meio de um colarzinho com o crucifixo, com a estrela de David, o Quarto Crescente, o Buda, etc. Entende-se a proibição da burca em espaços públicos na França devido ao fato de a vestimenta esconder a identidade de quem a usa, sem falar nos casos em que já escondeu artefatos bélicos (e não venham me dizer que não). Além disso, quando em Roma, comporte-se como os romanos. Em países islâmicos, portar qualquer símbolo religioso não-islâmico significa muitas vezes uma sentença de morte. Por que não pode então um governo ocidental exigir de imigrantes muçulmanos pelo menos um comportamento mais condizente com nossas sociedades? Para expressar sua fé, as muçulmanas podem perfeitamente usar um lenço sobre a cabeça ou portar um adereço com o Quarto Crescente. O mesmo para integrantes de qualquer religião. Nada justifica que uma pessoa não possa ter a liberdade de expressar aquilo em que acredita em termos de religião ou política, desde que respeitando as crenças alheias e o contexto onde vive.

Triste ver que os exageros de ambos os lados, além de retroalimentar os respectivos fanatismos, ameaçam duas das grandes conquistas da humanidade: a democracia e os direitos individuais. Impossível não lembrar do enorme contraste existente entre a evolução tecnológica humana e a involução social e política da espécie que continua desrespeitando a diversidade em todos os sentidos. Precisamos congregar gente equilibrada. É urgente!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Beatles: Love Full Album (HD)

Em 2006, George Martin e seu filhos Giles foram apresentados a um desafio: produzir uma coletânea total da carreira dos Beatles em pouco mais de uma hora, com o nome Love (Amor), para ser usada pelo Cirque du Soleil em um novo espétaculo.

O álbum resultante, que ganhou o grammy, utiliza somente material gravado pelos Beatles: foram editados 130 trechos de músicas e documentários  originais para criar as 26 faixas do CD. Love é, de acordo com Giles Martin, "uma forma de reviver toda a trajetória musical dos Beatles num período de tempo bem condensado."

Para quem sente falta de qualidade, uma overdose da dita. Segue abaixo do vídeodo álbum completo, também o clipe do espetáculo do Cirque du Soleil e a lista das 26 faixas do CD. Aprecie sem moderação.


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  1. Because – 2:44
  2. Get Back – 2:05
  3. Glass Onion – 1:20
  4. Eleanor Rigby
    Julia (transição) – 3:05
  5. I Am the Walrus – 4:28
  6. I Want to Hold Your Hand – 1:26
  7. Drive My Car / The Word / What You're Doing – 1:54
  8. Gnik Nus – 0:55
  9. Something (George Harrison)
    Blue Jay Way (transição) – 3:29
  10. Being for the Benefit of Mr. Kite! / I Want You (She's So Heavy) / Helter Skelter – 3:22
  11. Help! – 2:18
  12. Blackbird / Yesterday – 2:31
  13. Strawberry Fields Forever – 4:31
  14. Within You Without You / Tomorrow Never Knows (Harrison, Lennon & McCartney) – 3:07
  15. Lucy in the Sky with Diamonds – 4:10
  16. Octopus's Garden (Ringo Starr) – 3:18
  17. Lady Madonna – 2:56
  18. Here Comes the Sun (Harrison)
    The Inner Light (transição) – 4:18
  19. Come Together / Dear Prudence
    Cry Baby Cry (transição)
     – 4:45
  20. Revolution – 2:14 ( na versão CD) / 3:23 ( na versão DVD)
  21. Back in the USSR – 1:54 (na versão CD) / 2:34 (na versão DVD)
  22. While My Guitar Gently Weeps (Harrison) – 3:46
  23. A Day in the Life – 5:08
  24. Hey Jude – 3:58
  25. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Reprise) – 1:22
  26. All You Need Is Love – 3:38

quinta-feira, 8 de março de 2012

Vídeo da UE retirado de circulação sob acusação de racismo

O vídeo que posto abaixo, da União Europeia, foi considerado racista e teve que ser retirado do ar. O comentário é do site da DN TV&Media de Portugal. E você, viu racismo no clipe? 

Uma mulher branca consegue dominar três homens (um asiático, um africano e um indiano) que se preparam para a atacar apenas com o olhar. Um conceito que pretendia passar uma mensagem de unidade mas que foi acusado de ser racista.

A União Europeia foi obrigada a retirar o vídeo promocional colocado no youtube na semana passada na sequência de várias acusações de racismo.

O anúncio mostra uma mulher branca (com um visual muito semelhante ao que Uma Thurman usou nos filmes "Kill Bill", de Quentin Tarantino), que é ameaçada por três homens: primeiro um asiático, que aplica golpes de artes marciais; depois um indiano, que saca de uma espada; e finalmente, de um negro, que faz movimentos de capoeira.

A mulher nem pestaneja. Mas com um suspiro multiplica-se em várias como ela, que rodeiam os três homens e conseguem convencê-los a sentar-se e conversar.

O objectivo do vídeo seria mostrar que a união faz a força, que os estados membros se devem unir e dialogar para se tornarem mais fortes. Mas houve quem visse nas imagens a ideia de que a raça branca é superior.

Perante as críticas, que se tornaram virais nas redes sociais, a União Europeia acabou por retirar o vídeo e desculpar-se pelo sucedido.

"O vídeo não pretendia ser racista e obviamente lamentamos que tenha sido analisado dessa forma. Pedimos desculpa a quem se sentiu ofendido. Dada a controvérsia decidimos parar a campanha imediatamente e retirar o vídeo", afirmou Stefano Sannino, responsável da Direção Geral de Alargamento da União Europeia.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Reportagem do Fantástico mostra como o brasileiro não entende de democracia

Para quem não viu, a reportagem do Fantástico do domingo último mostra como os brasileiros, em particular os políticos, continuam sem entender a democracia e tratam o dinheiro público como dinheiro privado, na velha política do comadrismo e compadrismo.

País deitado eternamente no berço do atraso, postado entre a casa e a senzala e movido pela política do favor. Até quando isso?

terça-feira, 6 de março de 2012

Ayn Rand: homenagem a uma mulher notável no dia internacional da mulher!

Escrevi o texto abaixo em março do ano passado e o republico hoje por ser aniversário da morte de Ayn Rand e por estarmos às vésperas do Dia Internacional das Mulheres, quando feministas esquerdistas estarão novamente misturando a luta pelos direitos das mulheres com uma suposta luta anticapitalista.

Essa mistura espúria serve apenas para alimentar os argumentos conservadores contra o feminismo que, segundo eles seria fruto do marxismo cultural da Escola de Frankfurt, instituto  de pesquisa alemão (de inspiração marxista) das primeiras décadas do século XX, embora as lutas das mulheres tenham se iniciado a partir de ideias liberais, em particular à época da Revolução Francesa (1789-1799), e sob essa bandeira tenham se dado as conquistas do direito a estudar, trabalhar e votar e ser votada, entre outros, para o sexo feminino.

Dizer que o feminismo é fruto do marxismo cultural, em função da atual predominância de ideias esquerdistas no movimento, é o mesmo que dizer que o Brasil é fruto de governos socialistas só porque, desde 2002, temos um governo com essa tendência. Enfim, o que não faltam são mentirosos de "esquerda" e de "direita". Como não faço parte desse fla-flu de autoritários, busco apresentar os fatos sem esse comprometimento ideológico excessivo. Fiquem, então, mais uma vez, com a história dessa mulher notável e polêmica que foi Ayn Rand. (06/03/12)


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Neste momento em que o mundo celebra mais um dia - agora por extensão mês – internacional da mulher e um bando de absurdas (feministas socialistas) vai às ruas para pregar contra o capitalismo, o sistema que mais proporcionou às mulheres autonomia e liberdade, torna-se imprescindível lembrar Ayn Rand (vi a pregação anticapitalista em chamada para a manifestação pela data, no dia 12, em São Paulo). Torna-se imprescindível não só porque ela foi uma mulher extraordinária, por suas vida e obra, mas também por ter sido uma das maiores defensoras das liberdades individuais, da racionalidade, da livre expressão e da democracia liberal.

Podemos não concordar com tudo que ela diz, em sua obra de ficção e não-ficção, da corrente filosófica que iniciou, chamada Objetivismo, mas não podemos deixar de admirar sua inteligência e a incrível influência que suas idéias exerceram – e exercem ainda - na sociedade norte-americana, inclusive em nível governamental. Basta lembrar que sua obra-prima, A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged), continua sendo o livro mais lido nos EUA, depois da Bíblia, e um best-seller no mundo inteiro, com 11 milhões de exemplares vendidos. Qual outra mulher exerceu tanta influência em qualquer dos países ocidentais? E por que uma mulher como Ayn Rand nunca teve sua biografia e obra divulgadas pelo movimento feminista brasileiro? Provavelmente porque quem sai às ruas para pregar contra o capitalismo, sem ter a menor idéia do que colocar no lugar dele, não tem mesmo condições de falar sobre Ayn Rand.

Quem foi Ayn Rand (1905–1982)?
Nascida Alissa Zinovievna Rosenbaum, em São Petersburgo (Rússia), em 1905, Ayn Rand deixou seu país, ao completar 21 anos de idade, rumo aos Estados Unidos, supostamente para visitar parentes, mas, de fato, com a intenção de por lá ficar. Na terra natal, com a revolução russa e a vitória final dos comunistas, sua família de classe-média, que fugira para a Criméia, teve seus bens confiscados e ficou na miséria. Mesmo assim, de volta a Petrogrado, Alissa conseguiu se formar, em 1924, em Filosofia e História na universidade local e, no ano seguinte, 1925, logrou obter permissão para visitar parentes nos EUA, a terra da liberdade, como aprendera nas aulas de história ainda no secundário. Nunca mais retornou.

Nos EUA, após passar alguns meses com parentes em Chicago, praticando inglês, mudou-se para Hollywood em busca de trabalho. Foi quando adotou o nome Ayn Rand (Ayn se pronuncia com “mine” em inglês) e conheceu, por um golpe de sorte, em seu segundo dia na cidade, o legendário diretor Cecil B. DeMille, que lhe deu trabalho como extra no filme Rei dos Reis (King of Kings, 1927). O contato com DeMille lhe rendeu, além de trabalho, conselhos de como se tornar roteirista em Hollywood e o encontro com o ator Frank O’Connor, nos sets de filmagem, com o qual passaria a namorar e se casaria em 1929.

Ilustração de Nick Gaetano
Antes de se tornar escritora profissional, Ayn Rand trabalhou como analista de roteiros, arquivista nos estúdios cinematográficos e atendente no departamento de figurinos da RKO Pictures. Entretanto, apenas quando produziu o roteiro O peão vermelho (Red Pawan), vendido para a Universal Pictures, em 1932, e nunca filmado, ela conseguiu dinheiro suficiente para se manter apenas como escritora. Daí em diante, não parou de produzir romances e contos até chegar ao monumental Atlas Shrugged (A revolta de Atlas) que lançou em 1957. Depois disso, deixou a literatura para se dedicar a trabalhos de não-ficção, sobretudo referentes à sua filosofia, o Objetivismo, e outros temas como o capitalismo, as esquerdas, o trabalho intelectual.

Mesmo após sua morte, em 1982, A influência de Ayn Rand não se extinguiu. Pelo contrário, trabalhos literários e acadêmicos sobre sua obra continuaram sendo produzidos (Journal of Ayn Rand Studies) e organizações devotadas às suas ideias foram criadas, como o Centro objetivista (The Objectivist Center) e o Instituto Ayn Rand (Ayn Rand Institute).

Ayn Rand no Brasil
Em nosso país, Ayn Rand é pouco conhecida, embora tenha fãs ilustres e ilustrados, mas duas de suas principais obras, A Nascente (The Fountainhead) e A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged), foram traduzidas para o português e lançadas respectivamente, em 2008 e em 2010, pelas editoras Landscape e Sextante. Atlas Shrugged já havia sido traduzido e publicado em 1987, pela Editora Expressão e Cultura, com o título Quem foi John Galt?, mas só se encontram exemplares dessa edição em sebos e por preços astronômicos. Os três volumes da edição atual, da Sextante, podem ser comprados por R$69,00 nas melhores livrarias.

A Nascente (The Fountainhead, 1942)

A Nascente foi o primeiro romance de Ayn Rand a ser conhecido internacionalmente e onde ela já apresenta, de forma mais consistente, as idéias que seriam melhor elaboradas em A Revolta de Atlas e que gerariam a filosofia do Objetivismo. O protagonista do livro, o arquiteto Howard Roark é um homem criativo e idealista que constrói projetos ousados, cujo brilhantismo, porém, atrai mais inveja do que reconhecimento, como a sentida pelo influente jornalista do periódico The Banner, Elsworth Toohey, que o persegue a ponto de deixá-lo sem clientes.

Entre quedas e recuperações, Roark mantém sua integridade, chegando a dinamitar um conjunto habitacional que construíra por causa das mutilações feitas no projeto original, mutilações que afetariam a qualidade de vida dos moradores. Essa atitude polêmica lhe causa uma série de vicissitudes, não só com os invejosos costumeiros mas também com a namorada e a Justiça. Roark é o modelo ideal de pessoa, na ótica de Ayn Rand: o indivíduo movido pela razão e pela criatividade, colocadas em prática através do esforço próprio, e que, se necessário, enfrenta a tudo e a todos para afirmar sua individualidade, não aceitando quaisquer tentativas de suborno ou dominação. O livro foi transformado em filme, em 1949, pelo diretor King Vidor (no Brasil, apareceu com o nome de Vontade Indômita), estrelado por Gary Cooper e Patricia Neal. Melodrama típico dos anos 40 e 50, o destaque da fita é a cena antológica de Howard Roark explicando, num tribunal, as razões que o levaram a implodir a própria obra. 



A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged, 1957)

A Revolta de Atlas é a obra-prima de Ayn Rand e considerada um dos grandes romances de ideias de todos os tempos. Nela, através de um enredo que mescla suspense e filosofia, a escritora russa-americana expõe seu ideário. Num mundo governado por repúblicas autoritárias coletivistas, os EUA rumam para o mesmo destino, com seu governo criando tantos obstáculos à livre iniciativa das pessoas, sob pretexto de igualitarismo, que os principais líderes da indústria, do empresariado, das ciências e das artes, liderados por um misterioso John Galt, decidem fazer uma greve de cérebros.

Em outras palavras, aqueles que sustentam o país (daí a referência à figura de Atlas, o titã da mitologia grega, que sustenta o mundo nos ombros) somem literalmente do mapa deixando a sociedade à própria sorte. O Estado se apossa de suas propriedades e invenções, mas não é capaz de mantê-las funcionando porque não tem competência para tal, atravancado pela burocracia e pela corrupção e infestado de medíocres e parasitas de toda ordem (qualquer semelhança com o Brasil de hoje não é mera coincidência). Para saber o resultado dessa greve, é preciso ler os três volumes desse épico da liberdade que é A Revolta de Atlas.

Nele, Ayn Rand desafia algumas de nossas crenças mais arraigadas, seja em função de nossa formação judaico-cristã seja em razão da influência das ideias de esquerda em nossa sociedade. Como lemos na contra-capa da caixa que contém os três volumes do romance, em A Revolta de Atlas, a autora apresenta os princípios de sua filosofia: a defesa da razão, do individualismo, do livre mercado e da liberdade de expressão, bem como os valores segundo os quais o homem deve viver – a racionalidade, a honestidade, a justiça, a independência, a integridade, a produtividade e o orgulho.... Sua mensagem transformadora conquistou uma legião de leitores e fãs: cada indivíduo é responsável por suas ações e por buscar a liberdade e a felicidade como valores supremos.

No site da editora Sextante, que lançou A Revolta de Atlas, no ano passado, é possível baixar o primeiro capítulo do romance em *.PDF. E na página da editora, no Youtube também é possível assistir a própria Ayn Rand falando sobre sua obra e suas idéias numa entrevista ao jornalista Mike Wallace em 1959. Clique aqui para assistir a entrevista em 3 partes: Parte 1:  Parte 2: Parte 3:

Há também um site sobre Ayn Rand, em português, com sua biografia e obras, elaborado por Eduardo Chaves, Professor de Filosofia da Faculdade de Educação da UNICAMP, hoje aposentado. Clique aqui para seguir até lá. 

Ainda se pode ter uma introdução ao pensamento de Ayn Rand com o livro do economista Rodrigo Constantino, intitulado Egoismo Racional, O Individualismo de Ayn Rand, de 2007, que pode ser encontrado nas boas livrarias do país.

Ayn Rand, contra todos os autoritários
Ilustração de Nick Gaetano

Finalizando esta postagem, que é uma lembrança e uma homenagem a essa mulher brilhante e polêmica, neste dia internacional da mulher, vale lembrar que a escritora e filósofa Ayn Rand era particularmente contrária ao comunismo (socialismo) pela experiência traumática que teve com a revolução russa em sua terra natal, não usufruindo  obviamente de  prestígio com as esquerdas em geral. Entretanto, Rand também não gozava de popularidade junto à direita religiosa e conservadora, pois era ateia e igualmente pregava a liberdade dos indivíduos frente às instituições religiosas.

Suas ideias deram origem ao libertarianismo americano, uma espécie de retomada do liberalismo clássico, que inclusive veio a se concretizar como partido, de difícil definição no espectro político tradicional: de direita por defender o capitalismo, como o sistema que melhor possibilita uma sociedade livre?; de esquerda por possuir uma pauta de apoio, por exemplo, aos direitos da mulher, dos homossexuais, à liberação das drogas, ao aborto, etc.?

Como se vê, o que não falta na vida e na obra de Ayn Rand e no trabalho de seus seguidores é polêmica. Muitas das pessoas que leram livros seus como A Nascente e A Revolta de Atlas afirmam que suas vidas nunca mais foram as mesmas. Vamos ler também e ver o que nos acontece? Abaixo vídeo sobre Ayn Rand nos Simpsons. Apenas um reparo à legendagem. No início, onde se lê "que evitava compromisso" de fato é "que se recusava a conceder."

Fontes: Várias fontes, já apontadas nos links e citações do texto, e o Cato Institute.
Outras bibliografias: Objetivismo, a Filosofia de Ayn Rand. Leonard Peikoff. Editora Ateneu Objetivista. Clique aqui para mais informações e compra.

A Virtude do Egoísmo
por OnLine Assessoria em Idiomas, revisão de Winston Ling e Cândido Mendes Prunes, publicado pela Editora Ortiz e pelo Instituto de Estudos Empresariais, Porto Alegre, 1991)


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