terça-feira, 6 de julho de 2010

Um tributo a Frida Kahlo!

1. Frida pinta em sua cama, na Cidade do México, em 1940;
2. Fotografia de 1943 feita por um fotógrafo desconhecido;
3. Retrato de 1946, poucos dias depois de uma cirurgia. Em texto no verso da foto, a pintora reclama de dores: “Ficou pior do que nunca”;
4. Diego Rivera em 1933, quatro anos após o casamento com Frida.
Fotos e legendas: blog Mente Aberta
 
A pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) completaria hoje, 06 de julho, 103 anos, se estivesse viva, mas faleceu em 1954, segundo atestado de óbito, de embolia pulmonar, aos 47 anos de idade. Suspeita-se, contudo, que a embolia tenha sido provocada por overdose de remédios, levantando a hipótese de suicídio.

Mulher atemporal e universal (mais do que mexicana, é um ícone de mulher de todos os tempos e continentes), Frida foi daquelas pessoas raras que soube transformar a dor em poema, ou melhor, em pintura. Vítima de enfermidades e acidentes, conviveu com a dor física por toda a vida e a pintou em seus quadros contundentes.

Quando criança teve poliomielite, o que a deixou com a perna esquerda mais curta e a musculatura atrofiada. Aos 18 anos, o ônibus em que viajava colidiu com uma espécie de trólebus, e uma barra metálica literalmente a atravessou, quebrando-lhe 3 vértebras da coluna, duas costelas, esmagando-lhe a pélvis e a perna direita. Ao fim da vida, feridas não cicatrizadas nessa perna levaram a uma amputação do membro. Debita-se a todo esse quadro médico dramático bem como a seu nacionalismo as típicas saias longas e exuberantes que foram uma de suas marcas registradas (pois ocultavam as sequelas do acidente e da polio). Tornou-se viciada na morfina que lhe davam para aliviar a dor.

Produziu cerca de 200 obras, entre quadros e desenhos, considerados surrealistas para alguns, mas que ela definia como realistas, a maioria deles auto-retratos, muitos deles deitada em sua cama, durante algumas de suas múltiplas convalescenças. Apesar de todo o sofrimento físico, encontrou forças para amar intensamente homens e mulheres, com destaque para o também pintor Diego Rivera, com quem teve um relacionamento para lá de tempestuoso, com idas e vindas e muitas mútuas traições, e o militante russo León Trotsky.

Em  homenagem à pintora  foi lançado agora um livro com 401 fotos inéditas de cenas de sua intimidade e de seus amigos  (Frida Kahlo: suas fotos, CosacNaify, 524 páginas, R$ 120). Posto algumas aqui à guisa de divulgação. O Google também fez um de seus doodles (logo em homenagem a uma personalidade, evento) que igualmente copiei para cá.

Posto ainda abaixo um vídeo sobre Frida e sua obra para quem não conhece e para quem quer recordar e celebrar essa mulher excepcional. Feliz aniversário, Frida!

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