terça-feira, 30 de março de 2010

Quem queima livros acabará por queimar pessoas!

Diz a legenda do vídeo:

"Os livros foram atirados às chamas. Muitos dos que os atiraram eram alunos e professores. E à medida que as fagulhas subiam, os intelectuais fugiam, escritores e cientistas, para oferecerem seus talentos à Europa Ocidental e à América. Cem anos antes, Heine, poeta alemão de ascendência judaica cujos livros eram agora atirados às chamas, avisara: “Onde se queimam livros, acabarão por se queimar pessoas.” Como se sabe os nazistas, queimaram muitos judeus e outros indesejáveis nos fornos crematórios de seus campos de concentração.

O autor do vídeo abaixo fez uma montagem com as imagens do documentário original, onde nazistas aparecem queimando livros, e a imagem dos "professores" da APEOSP (sindicato de "professores" ligados a CUT-PT) fazendo o mesmo. A comparação não é exagerada. Ambos tem o mesmo espírito obscurantista e totalitário que move a banda podre da humanidade. No caso da APEOSP, o motivo é o que revelam as falas, da presidente da APEOSP, vulgo Bebel, e outros sindicalistas em comício, retiradas desse outro vídeo que pode ser conferido aqui.  

FALA BEBEL: “Nós estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido e desse governador (….)

OUTRO SINDICALISTA: “Acertamos a tática que mais acumula. Por isso, essa semana, para nós, é a semana decisiva; é a semana em que ele pede demissão da condição de governador para cuidar como (sic) candidato à Presidência e, por isso, nós precisamos de táticas.

SEGUNDO SINDICALISTA (canta musiquinha): Daqui a pouco/ tem eleiçããão,/ lá no Planalto,/ ele não chega nããão/

TERCEIRO SINDICALISTA: “Nós vamos promover um grande bota-fora no dia 31”

QUARTO SINDICALISTA: “Zé Serra fora, fora, fora”

VOLTA BEBEL: Não será, Serra! Você não será presidente da República. Isso está escrito nas estrelas!

Em outro vídeo, novas falas da tal BEBEL e seus camisas-pardas:

BEBEL: “Por isso, colegas e amigos, em outubro, nós temos um grande compromisso, dia 3 de outubro, dizer de uma vez por todas, varrer da face da terra de São Paulo o governador Serra e o partido que se chama PSDB”
OUTRO SINDICALISTA: A greve vale a pena e é nossa única oportunidade de quebrar esse governo. Serra disse que vai declarar a sua candidatura nos próximos dias. Nós estaremos lá para dizer que ele não será presidente da República.

VOLTA BEBEL: O que interessa é que o nosso movimento é político, sim!

Desconfiem sempre e profundamente de todos os que desdenham do conhecimento, que queimam livros e censuram ideias divergentes seja onde for. Nasceram do Ovo da Serpente, metáfora, cunhada por Ingmar Bergman, em seu filme de mesmo nome, para diagnosticar a ascensão do nazismo e todos os regimes totalitários que vitimaram milhões de seres humanos em todo o mundo.

Teremos daqui até o fim das eleições, se eles não apelarem até para o fim delas, muitas manifestações fascistóides dos sindicatos chapa-branca, ong chapa-branca, e do MST, reivindicando supostos direitos de pobres e oprimidos a quem eles supostamente representam. Provavelmente, tentarão produzir, entre muitos feridos, algum morto para chamar de seu, pondo a culpa no Serra, no PSDB, no neoliberalismo, etc. Embora sejam fascistas, chamarão aos que os contestam de fascistas, posarão de vítimas do capitalismo, do imperialismo, desse monte de chavões com os quais buscam ludibriar os de boa-fé e esconder a verdadeira horrenda face.

Entretanto, seus verdadeiros motivos estão expressos em seus próprios discursos despurodamente antidemocráticos. No dia 3 de outubro, temos todos uma escolha entre a civilização e a barbárie, entre a democracia e o totalitarismo. O passado não volta, mas ensina muita coisa. Vamos lembrá-lo, aprender com ele e afastar o Mal enquanto ainda é tempo.

4 comentários:

OI, Míriam!
Tbém acho absurdo educadores envolvendo-se com tanta violência em prol de uma causa "justa". Não acredito em grito como soluçao p/ tantos problemas! Nem mesmo gosto da palavra "luta", prefiro estar a favor de algo a estar contra algo! Mas acho que valeria a pena vc averiguar o material que estava sendo queimado. Me pareceu uns cadernos de disciplinas(geografia, história) que o estado oferece pra o professor seguir, como a uma cartilha nas aulas com nível II (colegial). Isto explicaria a queima, como um protesto, uma vez que o professor precisa receber formação e não material pronto pra aplicar, sem questionar! Não sei, posso estar equivocada, mas vale a pena averiguar! Isto mudaria um pouco as coisas. Não se trataria de livros, mas de cartilhas, manuais, no sentido pejorativo da palavra..... Desculpe, eu sempre me metendo....Bj.

Sônia, a cartilha que aparece na foto é de sociologia. Não consegui distinguir outras. De qualquer forma, não entendi muito bem sua colocação: por que professores não tem que seguir um material didático comum a todos? Cada um segue uma coisa?! Além disso, mesmo o material didático sendo comum a todos, por que ele comprometeria a subjetividade do professor? O que por exemplo haveria para se questionar em uma matéria de geografia física? Bjk.

Oi, Míriam!
Escrevi, primeiro e talvez principalmente,pela inquietação em ver meus colegas de profissão se expondo do modo como fizeram e um meu desejo de entender o que aconteceu!Foi a impressão que tive olhando as fotos, de que estavam queimando não livros, mas manuais. Um protesto pelo modo arbitrário como o material é enviado, até onde ouço,(pois sou da rede municipal) sem consulta aos docentes, nem sempre respeitando os conhecimentos prévios dos alunos que vão manuseá-lo, o que só pode ser avaliado pela equipe que está inserida nas unidades de ensino e conhecem a clientela local...o que se pode questionar em matérias como geografia física, é o excesso de conteúdo pra um período curto de trabalho, pois os materiais mtas vezes visam as avaliações externas, como SARESP e menos a aquisição do conhecimento com qualidade.Não estou tentando justificar o que aconteceu. Não faria algo assim!Julgo gravíssimo queimar livros!Se o que queimaram foram as tais cartilhas, considero que foi um protesto, o que não deixa de ser uma violência!Bj

Sonia, não sou da área, então, fica difícil avaliar essa questão de como são estabelecidos os livros didáticos. Teria que ouvir a posição da Secretaria da Educação para dar uma opinião mais fundamentada.
Por outro lado, essa greve - pelas próprias palavras de quem a promove - tem um caráter estritamente eleitoreiro e fascistóide pela forma como é encaminhada. Não tem de fato nada a ver com reivindicações da categoria de qualquer natureza.
A queima das apostilas, cartilhas, livros - chame como quiser - se insere na mentalidade autoritária que rege as manifestações fascistas. Por isso, a montagem comparando a queima de livros pelos nazistas e o mesmo ato de parte de integrantes da APEOSP procede, no meu entender. Bjk

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