terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Invictus


Invictus é o filme de Clint Eastwood, com Morgan Freeman e Matt Damon, que conta a estratégia do então presidente da África do Sul, Nelson Mandela, no primeiro ano de governo, para unir seu país dilacerado por anos de apartheid. Ele utiliza de um campeonato internacional de rúgbi, onde seu time não parecia ter qualquer chance de vitória, para juntar negros e brancos em prol de um objetivo comum. Neste nosso Brasil, hoje marcado por racialistas e revanchistas de todo o tipo, a moral do propósito de Mandela é exemplar: ganha-se mais em encontrar o ponto comum em meio as diferenças do que fomentar o círculo vicioso do ódio de classe, de etnia, de gênero, seja do que for.

Mandela ficou preso 27 anos, antes de se tornar presidente de seu país. Dizem que, para manter a coragem, quando a vontade era de desabar, declamava para si mesmo o poema Invictus que dá nome ao filme de Eastwood. Segue abaixo a letra no original em inglês e uma tradução um pouco pomposa (pois o tradutor optou por rimar os versos como no original, o que nem sempre é uma boa solução), mas correta. Adoráveis os versos Eu sou dono e senhor de meu destino; Eu sou o comandante de minha alma. Segue também o trailer do filme. O blog contra a racialização do Brasil, que sempre recomendo, também comenta Invictus. E por último a letra da inspirada trilha sonora. 

Invictus
William E Henley

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.

Poema traduzido por André C S Masini
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer Deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

Invictus Theme Song

Out of the night, that covers me
I'm unafraid, I believe
Beyond this place of wrath and tears
Beyond the hours that turned to years
I thank whatever, whatever gods may be

9000 days were set aside
9000 days of destiny
9000 days to thank gods wherever they maybe

It matters not, the circumstance
We rise above, we took a chance
And I thank whatever, whatever gods maybe

9000 days were set aside
9000 days of destiny
9000 days to thank gods, wherever they may be

A broken heart that turned to stone
Can break a man, but not his soul
9000 days were set aside
9000 days of destiny
9000 days to thank gods,
wherever they may be
I thank whatever, whatever gods may be

1 comentários:

Míriam:

Adorei esse filme, vi duas vezes.

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