sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Maysa, Quando Fala o Coração

A minissérie Maysa, Quando Fala o Coração, está bombando no IBOPE. Não pude deixar de segui-la, como a maioria (É, de vez em quando, eu me afino com a maioria), e curtir a trajetória dessa mulher tão intensa, bela e sofrida.

Ainda não tenho uma avaliação bem clara da série, pois está em seus primeiros capítulos, mas venho apreciando a história. Alguns atores me parecem um pouco empostados, dando um ar de documentário à série mais do que de narrativa dramática simplesmente.

A Larissa Maciel, que interpreta Maysa, me pareceu também um pouco forçada a princípio, mas agora, já no quarto capítulo, acho que começou realmente a encarnar a diva. Só seus esforços para emular a cantora já valem um bom conceito. Deve ter ficado muito tempo (dizem que 8 meses) assistindo os vídeos da Maysa para imitar seus trejeitos.

Mas eu não sabia que a Maysa, além de beber que nem um gambá (de onde saiu essa expressão?), armava também tantos escândalos e barracos. Já andam dizendo que ela foi a versão alcoólica e brasileira da Amy Winehouse...rsss que também capricha na maquiagem carregada nas pálpebras.

O fato é que a mulher emplacou muitos sucessos dor-de-cotovelo e de fossa, como se dizia, deixando indeléveis, na memória coletiva, os hits Ouça e Meu Mundo Caiu. Como não há nesse mundo quem, em fase adulta, não tenha curtido uma dor de amor, dá para entender o porquê do sucesso de ontem e de hoje da cantora.

Historicamente falando, a aproximação da Maysa da bossa nova, via o amante Ronaldo Bôscoli, também é interessante de se ver. A bossa nova vai desanuviar os ouvidos e a paisagem da música brasileira. Tudo fica light, mesmo quando a letra tem tom menor. A imagem da mulher passa de fatal destruidora de homens, dos sambas-canção do Lupicínio e outros, à musa (olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...), o amor perde as tintas carregadas e os fins-de-caso não dão mais vontade de se pendurar no lustre.

Mas os anos 50, 60 e 70, de diferentes formas, foram mesmo as décadas do excesso, bossa-nova à parte. Era como se muita energia reprimida tivesse explodido em muitas contravenções, contraculturas, rebeldias meio autofágicas de toda uma coletividade. Maysa foi apenas um de seus produtos de boa qualidade. É bom revê-la e ouvi-la de novo, como no vídeo abaixo, quando esteve no Japão, cantando Manhã de Carnaval.

3 comentários:

Como vc estou ADORANDO ver Maysa por Jayme, é raro ver coisas boas na TV nos dias atuais.

Olha,que pique,hein?Não assisto só sei que a Maysa tomava todas e acho meu mundo caiu uma merda.Outras composições cantadas por ela são legais.Sua versão de ne me quite pas é melhor do que Nina Simone.Beiju.

Amei toda a história de Maysa! Ela é sem dúvida uma mulher fascinante!

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